A Justiça Federal manteve a prisão do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, após ser preso pela Polícia Federal em uma operação que visava combater fraudes financeiras. O pedido liminar de soltura feito pela defesa dele foi negado, e a desembargadora Solange Salgado da Silva, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), rejeitou a solicitação de libertação do banqueiro.
O habeas corpus enviado pela defesa de Vorcaro ainda será analisado pelo TRF1, mas a data para essa análise ainda não foi marcada. Ele e outros seis executivos do Banco Master foram detidos durante a Operação Compliance Zero da PF, acusados de fraude em papéis vendidos ao banco BRB, de Brasília, e de vender títulos de crédito falsos, movimentando cerca de R$ 12 bilhões.
O Certificado de Depósito Bancário (CDB), investimento de renda fixa onde o investidor empresta dinheiro ao banco e recebe juros, foi utilizado no esquema fraudulento, oferecendo retornos irrealistas aos clientes. A prisão de Vorcaro ocorreu após a venda do Banco Master para o grupo Fictor Holding Financeira, com a rejeição da aquisição pelo BRB.
O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Master, tornando os bens dos controladores indisponíveis e interrompendo a compra da instituição. A defesa de Vorcaro argumentou que, com a liquidação do banco, não há necessidade de manter o banqueiro preso, ressaltando que ele não está mais autorizado a gerenciar fundos ou instituições financeiras.
Os advogados também evidenciaram que Vorcaro tinha compromissos de negócios em Dubai no momento da prisão e destacaram que ele possui família no Brasil, o que refutaria a possibilidade de fuga. Além disso, a Justiça Federal determinou que os presos da operação permaneçam detidos na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, incluindo Vorcaro e os demais envolvidos no esquema fraudulento.




