A influencer Sarah Sol chamou a atenção ao compartilhar em suas redes sociais um método inusitado de rejuvenescimento facial: aplicar sangue menstrual como máscara no rosto. Essa técnica peculiar ganhou seguidoras, com a justificativa de ser uma abordagem ‘pura e fresca’ para promover a hidratação da pele. Inspirada no movimento do ‘Sagrado Feminino’, que incentiva as mulheres a se reconectarem com sua essência feminina, a prática tem se popularizado, prometendo prevenir rugas e deixar a pele macia e hidratada.
No entanto, a dermatologista Patrícia Ormiga, coordenadora do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia no Rio de Janeiro, alerta que o uso de sangue menstrual em máscaras faciais não possui embasamento científico. Segundo a especialista, muitas crenças populares sobre cuidados com a pele carecem de comprovação e não são respaldadas por orientações médicas. A exposição ao sangue humano pode acarretar riscos de contaminação e propagação de bactérias, resultando em danos à pele.
Ormiga ressalta que a presença de bactérias no sangue menstrual pode agravar lesões faciais, como espinhas ou pequenos ferimentos, causando dermatites, infecções e outras complicações mais graves. Portanto, a aplicação de sangue menstrual como tratamento estético não é recomendada, pois pode acarretar consequências prejudiciais à saúde da paciente. É essencial buscar métodos seguros e comprovados pela ciência para cuidar da pele e prevenir problemas dermatológicos.
Ademais, é importante destacar a importância de consultar um dermatologista qualificado para orientações personalizadas e adequadas ao tipo de pele e às necessidades individuais. A saúde da pele deve ser priorizada com práticas seguras e respaldadas por evidências científicas, garantindo a eficácia e a segurança dos tratamentos. Respeitar os limites do organismo e adotar medidas preventivas baseadas em conhecimentos dermatológicos é fundamental para manter a pele saudável e rejuvenescida.




