Leonardo Fróes, renomado poeta brasileiro e vencedor do Prêmio Jabuti, faleceu aos 84 anos de idade. Natural de Itaperuna, no Rio de Janeiro, Fróes teve uma carreira multifacetada, atuando não só como poeta, mas também como jornalista, editor e tradutor. Seu trabalho como tradutor inclui obras de renomados autores como Virginia Woolf, George Eliot e Shelley. Sua morte foi anunciada pela Editora 34, nesta sexta-feira.

A Editora 34 lançou recentemente a “Poesia Reunida (1968-2021)” de Fróes, que reflete sua vida simples em harmonia com a natureza. O poeta deixou um legado poético que foi lido e celebrado por diversas gerações, tornando-o um dos mais importantes e apreciados poetas do país. Entre suas obras mais conhecidas estão “Sibilitz” (1981), “Um outro, Varella” (1990), “Chinês com sono” (2005) e “Natureza: a arte de plantar” (2021).

Em 1996, Fróes foi agraciado com o Prêmio Jabuti de Poesia pelo livro “Argumentos Invisíveis” (1995), e dois anos depois recebeu um prêmio de tradução da Fundação Biblioteca Nacional. Ao longo de sua carreira, o poeta foi reconhecido com diversos prêmios, destacando-se os recebidos em 2008 pela Academia Brasileira de Letras e em 2016 pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

Durante a Flip, a Festa Literária Internacional de Paraty, em 2016, Fróes expressou sua visão sobre a poesia e a relação com a natureza. Ele ressaltou a importância de considerar a condição humana e de todas as espécies vivas em seus versos. Para o poeta, a vida vai muito além do ser humano, abrangendo todos os seres vivos e seus dramas individuais.

A obra de Fróes transcendeu fronteiras e emocionou o público com sua poesia única e filosofia embutida em cada verso. Sua contribuição para a literatura brasileira será lembrada e celebrada por muito tempo, deixando um legado poético que continuará a inspirar futuras gerações. Leonardo Fróes deixa um vazio no cenário literário nacional, mas seu espírito e suas palavras permanecerão vivos através de sua vasta obra.