Em uma mensagem de vídeo, Tatiana Bykova lamenta a morte de seu filho, Andrei, pelas mãos de seus comandantes. Andrei foi extorquido pelo dinheiro da indenização por ferimento, e posteriormente assassinado por recusar-se a entregar um carro exigido. Mesmo com uma queixa feita às autoridades, nada foi feito. A prática de ‘anulações’ e torturas dentro do Exército russo é generalizada, conforme denúncias feitas por um portal independente russo. Comandantes envolvidos têm seus nomes publicados, tornando visível a brutalidade existente nas fileiras militares.
Especialistas alertam que a tortura e os assassinatos de soldados russos são apenas a ponta do iceberg do estado deplorável do Exército. Práticas como jogar soldados em fossos por semanas, privando-os de comida, água e fazendo-os abraçar árvores são relatadas e documentadas. Além disso, soldados são enviados para ataques de alto risco a critério dos oficiais, como uma forma de ‘punir’ insubordinação ou outras falhas disciplinares.
O recrutamento de mercenários e criminosos condenados tem alterado a composição do Exército russo nesta guerra, trazendo valores questionáveis para as fileiras. Esse cenário, aliado à falta de disciplina e estrutura militar eficiente, permite a impunidade para crimes de guerra, como assassinatos e ‘anulações’. A ausência de punição para atos tão graves só contribui para o enfraquecimento da disciplina militar.
Líderes militares russos utilizam táticas de coerção e controle, substituindo relações emocionais por crueldade e intimidação. A falta de ligações emocionais com os soldados permite a perpetuação de práticas desumanas e violentas dentro das fileiras. A manutenção do poder se dá através da exploração dos soldados como recursos descartáveis. Segundo especialistas, a liderança militar russa não estaria preparada para um ambiente sem violência e abusos, tornando essas práticas essenciais para sua estrutura de comando e controle.




