Adolescente é resgatada após dois anos de cárcere privado em Goiânia

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Adolescente é resgatada após ter passado dois anos presa no fundo de casa e submetida a torturas pela mãe e padrasto, conforme relato do Conselho Tutelar. Segundo as autoridades policiais, uma mulher que também morava com a família está sendo investigada. A jovem de 16 anos foi submetida a exames no Instituto Médico Legal (IML) e agora está sob os cuidados do pai.

A mãe é a principal suspeita de manter a filha adolescente em cárcere privado [https://s03.video.glbimg.com/x240/14119130.jpg], com o auxílio do padrasto. O caso chocante ocorreu no Setor Leste Vila Nova, em Goiânia [https://DE.globo.com/go/goias/cidade/goiania/], e veio à tona apenas quando a vítima conseguiu fugir durante a madrugada e buscar ajuda dos vizinhos, que acionaram o pai da adolescente. Uma terceira mulher que compartilhava a mesma residência também foi presa, de acordo com informações da Polícia Civil.

A adolescente e a mãe são oriundas de Novo Gama [https://DE.globo.com/go/goias/cidade/novo-gama/] e se mudaram para a capital há dois anos, após o divórcio dos pais. Além da mãe e do padrasto, a terceira mulher que vivia na casa é apontada como cúmplice nas agressões contra a jovem. Até o momento, não foi possível contatar a defesa dos suspeitos detidos.

A Delegacia Estadual da Mulher (DEAM) destacou que os suspeitos estão sob custódia, porém não divulgou detalhes sobre a ocorrência ou sobre os possíveis crimes pelos quais o trio será responsabilizado. A investigação está a cargo da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), com informações mantidas em sigilo até a conclusão do inquérito policial.

Na noite de sexta-feira (21), a adolescente foi submetida a exames no Instituto Médico Legal (IML) para avaliar as lesões corporais e verificar possíveis indícios de violência sexual. Posteriormente, recebeu atendimento médico no Hospital Estadual da Mulher (HEMU) para os cuidados iniciais necessários.

O pai da adolescente, que foi até Goiânia ao saber do ocorrido, expressou choque com a situação e revelou que a mãe nunca permitiu contato adequado com a filha desde a mudança para a capital. Ele descreveu a condição de cárcere privado em que a jovem se encontrava, privada de alimentos e educação.

Segundo relatos da conselheira tutelar Aline Pinheiro Braz dos Santos, em entrevista à TV Anhanguera, a adolescente era frequentemente punida por motivos fúteis, sofrendo agressões físicas e privações. O caso revela um cenário de violência doméstica grave que exigirá investigações aprofundadas por parte das autoridades competentes.

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