O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, expressou preocupação com o funcionamento do G20 como instância de diálogo e coordenação durante a primeira sessão da Cúpula de Líderes. Segundo Lula, é fundamental preservar a capacidade do fórum em lidar com os grandes temas da atualidade para evitar um desequilíbrio global. Sem encontrar soluções dentro do G20, a complexidade dos problemas enfrentados no mundo atual será ainda mais acentuada. Lula não citou diretamente o presidente dos EUA, mas seu discurso ocorreu em meio ao boicote de Donald Trump à reunião, gerando desentendimentos.
O ex-presidente brasileiro destacou que o G20 surgiu como resposta à crise de 2008, sendo essencial para evitar um colapso catastrófico. No entanto, ele ressaltou que as medidas adotadas pela comunidade internacional na época foram incompletas e geraram efeitos negativos duradouros. Lula alertou para a repetição da austeridade como solução, que aumentou desigualdades e tensões geopolíticas. O renascimento do protecionismo e unilateralismo como respostas simplistas para questões atuais agrava os problemas enfrentados globalmente.
Lula argumentou que a desigualdade extrema representa um risco sistêmico para as economias mundiais. Ele enfatizou a importância de atender às demandas dos países em desenvolvimento para restabelecer equilíbrio e garantir prosperidade sustentável a longo prazo. O presidente brasileiro defendeu a necessidade de implementar formas inovadoras de troca de dívida por desenvolvimento e ação climática. Além disso, ressaltou a urgência de debater a tributação internacional e a taxação dos mais ricos.
Para Lula, é crucial que o G20 incentive a cooperação global e a busca por soluções abrangentes e equitativas. Ele destacou a importância de medidas que promovam uma distribuição mais justa da riqueza e um desenvolvimento sustentável. A participação da sociedade civil e a articulação entre os países membros são cruciais para enfrentar os desafios atuais com eficácia. O presidente brasileiro concluiu seu discurso na Cúpula de Líderes enfatizando a necessidade de ações concretas e colaborativas para enfrentar os dilemas globais com sucesso.




