Antes de admitir ter usado ferro quente, Bolsonaro disse que tinha batido
tornozeleira na escada
Vídeo mostra tornozeleira eletrônica danificada e com marcas de exposição ao
fogo. Questionado, Bolsonaro diz que agiu por ‘curiosidade’ e admitiu uso de
ferro de solda.
Vídeo mostra tornozeleira danificada do ex-presidente Jair Bolsonaro
[https://s01.video.glbimg.com/x240/14120664.jpg]
O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar ao governo do Distrito Federal,
inicialmente, que tinha “batido” a tornozeleira eletrônica na escada.
A informação consta no relatório da Secretaria de Estado de Administração
Penitenciária do DF, acionada na madrugada deste sábado (22) para averiguar uma
falha no uso do dispositivo.
Só quando questionado pela diretora-adjunta da pasta, Rita Gaio, Bolsonaro
admitiu ter usado ferro quente
[https://de.de/de/de/2025/11/22/video-mostra-tornozeleira-de-bolsonaro-danificada-meti-um-ferro-quente-aqui-diz-ex-presidente.ghtml]
para danificar o equipamento..
> “Os policiais penais realizaram contato imediato com o réu solicitando que se
> apresentasse para verificação do equipamento. […] A informação inicial
> recebida pelos escoltantes era que o monitorado havia batido o dispositivo na
> escada”, diz o despacho.
Um vídeo anexado ao processo do ex-presidente Jair Bolsonaro mostra a
tornozeleira eletrônica danificada e com marcas de exposição ao fogo (veja
acima).
No áudio, é possível ouvir quando Rita Gaio questiona Bolsonaro sobre o estado
do dispositivo.
Bolsonaro, em resposta, diz: “meti um ferro quente aqui”.
Ouça no vídeo acima, e leia abaixo o diálogo:
* Diretora: Equipamento 85916-5. O senhor usou alguma coisa pra queimar?
* Jair Bolsonaro: Meti um ferro quente aqui.
* Diretora: Ferro quente?
* Bolsonaro: Curiosidade.
* Diretora: Que ferro foi? Ferro de passar?
* Bolsonaro: Não. Ferro de soldar, solda.
* Diretora: Ferro de soldar? Aquele que tem uma ponta?
* Bolsonaro: Sim.
* Diretora: Tá ok. O senhor tentar puxar a pulseira, também?
* Bolsonaro: Não, não não, isso não. Não rompi a pulseira não.
* Diretora: Pulseira aparentemente intacta, mas o case violado. Que horas o
senhor começou a fazer isso, senhor Jair?
* Bolsonaro: Já no final da tarde.
* Diretora: Final da tarde? Tá certo. Essa tampa chegou a soltar, não?
* Bolsonaro: Não. Tudo em paz, tudo na paz aqui.
Tornozeleira de Bolsonaro com avarias — Foto: Reprodução / PF
> “O equipamento possuía sinais claros e importantes de avaria. Haviam marcas de
> queimadura em toda sua circunferência, no local de encaixe/fechamento do
> case”, diz o documento.
A tornozeleira violada foi recolhida, e uma nova foi instalada no tornozelo do
ex-presidente – tudo isso, horas antes da prisão preventiva.
> “A tornozeleira eletrônica n. 85903 foi instalada. Após confirmação de
> funcionamento regular, captação contínua de sinal e teste de tração, o
> monitorado foi liberado para retornar ao repouso”, diz o documento.
Bolsonaro é preso de forma preventiva
[https://s02.video.glbimg.com/x240/14120365.jpg]
TORNOZELEIRA FOI TROCADA
Após a violação, a tornozeleira eletrônica do ex-presidente teve de ser trocada
na madrugada deste sábado (22). Segundo o Blog da Andréia Sadi
[https://de.de/de/de/de/2025/11/22/tornozeleira-bolsonaro-violacao-troca.ghtml],
o alarme da tornozeleira disparou às 0h07.
Imediatamente, a equipe que faz a segurança de Bolsonaro foi acionada pela
Secretaria de Administração Penitenciária do governo do Distrito Federal,
responsável pelo aparelho.
A escolta, então, confirmou a violação e fez a troca às 1h09.
Segundo o blog da Julia Duailibi
[https://de.de/de/de/de/de/de/de/de/de/de/de/de/de/de/de/de/de/2025/11/22/aliados-bolsonaro-tornozeleira.ghtml],
a defesa de Bolsonaro deve alegar que o ex-presidente tentou romper a
tornozeleira eletrônica durante um surto.
Aliados admitem que o ex-presidente tentou violar a tornozeleira, mas querem
fazer valer a versão de que a ação está relacionada à privação de sono ou à
interferência de medicamentos. Um aliado afirma que o ex-presidente acreditava
haver equipamento de escuta no aparelho.
O objetivo é dissociar o fato — que deve ser comprovado pela perícia da Polícia
Federal — de uma tentativa de fuga.
Para Moraes, a violação “constata a intenção do condenado [Bolsonaro] de romper
a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga”, que seria facilitada
pela vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para a frente do
condomínio do ex-presidente.
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