Atlético-MG: Terceiro vice em um ano afasta Libertadores em 2026

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Análise: Atlético-MG vai ao terceiro vice em um ano e vê Libertadores distante
em 2026

Clube precisava do título para confirmar vaga ao torneio continental da próxima
temporada; tropeço nos pênaltis – e atuação abaixo nos 90 minutos – escancara
planejamento mal feito

Um jogo por 720 dias. Por uma vaga na Libertadores, por um título para salvar
uma temporada de turbulências e erros, dentro e fora do campo. O Atlético-MG
[neste link] não entregou o
esperado durante os 90 minutos da final da Sul-Americana. Everson fez sua parte,
mas não impediu uma queda melancólica do clube nos pênaltis, para o Lanús, da
Argentina.

O Atlético chegou à final livre do rebaixamento via Brasileiro – obrigação pelo
investimento feito e pelas promessas da SAF – mas distante de uma vaga para a
Libertadores – a nove pontos do sétimo colocado.

Tudo isso fruto de um planejamento mal feito ainda em 2024. De atrasos
salariais, contratações sem critério e um buraco deixado no departamento de
futebol após a saída de Rodrigo Caetano – tempo que Vitor Bagy ficou no cargo.

Sampaoli veio como a esperança final. Contratado pela torcida, deu um novo ânimo
ao time para a reta final. Viu uma realidade diferente do que esperava.
Enfrentou dificuldades e entregou um time mais organizado e competitivo.

No jogo mais importante, o Galo não rendeu o esperado. Contra uma equipe
inferior tecnicamente e financeiramente, não teve a cara do treinador. Um jogo
amarrado, difícil de assistir.

Mesmo com todos os problemas, criou mais do que o Lanús para sair com o título.
Viu o filme se repetir por duas vezes com Biel. De cabeça, livre, colocou sem
força. Sozinho, na cara do gol, faltou capricho para tirar do goleiro.

Quando começa as penalidades e você vê seu adversário, que abre a disputa,
perder a primeira cobrança, o primeiro pensamento é: pronto, o título será
nosso. Até por, do outro lado, ter Hulk na primeira bola. O camisa sete não fez
o seu pênalti e tirou a referência de todo um time.

O enredo ainda deu uma nova chance, com o Lanús perdendo uma cobrança para dar o
título. Biel foi para a bola e repetiu o que se viu nos noventa minutos. Não
soube dar ao Galo à taça. Vitor Hugo tirou qualquer esperança ao bater sem tanta
força, terminando a decisão com o time argentino campeão.

Libertadores (2024), Copa do Brasil (2024) e, agora, a Sul-Americana (2025).
Três vices em um ano. Chegar em decisões é um feito a ser comemorado. Mas de
nada adianta apostar todas as fichas em um só jogo no ano se não consegue se
provar na final. O sentimento que fica é de um ano todo jogado fora, dependendo
de uma sequência perfeita para estar na pré-Libertadores.

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