Bolsonaro alega paranoia e alucinação ao tentar violar tornozeleira em audiência de custódia

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de uma audiência de custódia no último domingo (23) e prestou esclarecimentos sobre as alegações para tentar violar sua tornozeleira eletrônica. Segundo Bolsonaro, ele teve uma ‘certa paranoia’ entre sexta-feira (21) e sábado (22), devido a interações inadequadas entre diferentes medicamentos que estava tomando. Ele também relatou ter problemas de sono, com noites ‘picadas’. Alegou ter mexido na tornozeira com um ferro de solda por volta da meia-noite, argumentando que possui conhecimentos de operação desse tipo de equipamento. No entanto, após reconsiderar sua ação, parou de usar a solda e comunicou aos agentes penitenciários sobre as mudanças.

Durante o depoimento, Bolsonaro afirmou que estava acompanhado de sua filha, irmão mais velho e um assessor em sua residência, mencionando que nenhum deles presenciou sua tentativa de manipulação da tornozeira. De acordo com a ata divulgada pelo STF, o ex-presidente admitiu que estava sofrendo de alucinações e acreditava que o equipamento poderia estar sendo utilizado para escutá-lo. Ele tentou abrir a tornozeleira, mas afirmou não se recordar de ter tido surtos semelhantes anteriormente. A juíza que conduziu a audiência questionou as ações de Bolsonaro e decidiu manter sua prisão preventiva.

As alegações do ex-presidente geraram debates sobre seu estado mental e a necessidade de acompanhamento psicológico. Bolsonaro citou seus problemas com medicamentos e distúrbios do sono como fatores que desencadearam a paranoia. Sua tentativa de romper a tornozeira foi interpretada como um reflexo de seu estado mental instável. As autoridades judiciais estão analisando o caso com cautela, levando em consideração tanto o bem-estar de Bolsonaro quanto a segurança pública. Novas medidas podem ser adotadas para garantir a integridade do ex-presidente durante o período de custódia.

Os relatos de Bolsonaro na audiência destacaram a importância do cuidado com questões de saúde mental, especialmente em indivíduos sob custódia legal. Sua experiência com a tornozeleira eletrônica ressalta a vulnerabilidade de pessoas em situações semelhantes e a necessidade de um acompanhamento adequado. O episódio também levanta questões sobre as condições de detenção e os recursos disponíveis para garantir o tratamento adequado de detentos com problemas psicológicos. A repercussão do incidente ampliou o debate sobre a saúde mental e o sistema prisional no país, evidenciando a complexidade dos desafios enfrentados nesse contexto.

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