O governo do Estado do Rio de Janeiro iniciou nesta segunda-feira a operação Barricada Zero, em um esforço conjunto entre as forças de segurança e diversas secretarias estaduais para a remoção diária de barricadas instaladas por organizações criminosas. Coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a ação envolve a Polícia Militar, a Polícia Civil, prefeituras e equipes técnicas especializadas. A operação é uma resposta efetiva ao impedimento do direito de ir e vir dos moradores por meio da instalação desses bloqueios clandestinos.
As ações de remoção das barricadas ocorrem simultaneamente em cinco municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, incluindo a Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, Mangueirinha em Duque de Caxias e Grão Pará em Nova Iguaçu, entre outros. O governador Cláudio Castro ressaltou que a resposta para quem tentar reinstalar esses obstáculos será dada à altura, com operações das unidades especiais das polícias Civil e Militar. Para garantir a eficácia da operação, são empregados diversos equipamentos como retroescavadeiras, rompedores, caminhões de concreto, maçaricos e motosserras.
O plano do Barricada Zero foi apresentado aos prefeitos e representantes de 12 municípios, buscando uma atuação integrada entre o Estado e os municípios para a retirada contínua das barricadas mapeadas no estado. Castro destacou a importância da colaboração entre prefeituras e governos estaduais para o sucesso da operação. Cada município terá um papel específico no processo, desde a indicação de servidores até a definição dos locais de descarte e requalificação urbana.
Com um modelo de divisão de responsabilidades, o Estado fornecerá maquinário pesado e coordenação técnica, enquanto as prefeituras serão responsáveis pelo apoio logístico. A intervenção será diária até o encerramento do mandato do governador, e qualquer tentativa de reconstrução das barricadas será respondida prontamente. O foco da operação é não apenas a retirada dos bloqueios, mas também a limpeza da criminalidade que tenta se estabelecer nas áreas afetadas.
Diversos tipos de barricadas foram identificados, desde valas abertas por criminosos até carros abandonados e estruturas improvisadas. Alguns casos mais graves foram registrados em São Gonçalo e São João de Meriti, onde valas impedem a passagem de viaturas e ambulâncias. A ação do Barricada Zero surge após uma megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, demonstrando a determinação do governo em combater a criminalidade e restabelecer a ordem pública. A população pode colaborar denunciando ruas fechadas através de canais exclusivos, como o Disque Denúncia, reforçando a importância da participação da sociedade nesse momento crucial para o estado do Rio de Janeiro.




