No Congresso Nacional, o governo de Luiz Inácio Lula enfrenta um obstáculo extra com as rupturas públicas dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, com seus principais articuladores. As discussões delicadas incluem projetos prioritários como o Antifacção e a tributação de bets e fintechs. Alcolumbre se distanciou de Jaques Wagner após a indicação de Jorge Messias ao STF, considerada desrespeitosa ao Senado.
Alcolumbre sinaliza uma mudança significativa na relação com o Planalto, destacando o rompimento como algo pessoal e institucional. O presidente do Senado se recusa a apoiar Messias e não atuará como fiador político. Na Câmara, Hugo Motta também rompeu com Lindbergh Farias devido à atuação errática do líder do PT. Com ambos distanciados dos líderes governistas, a articulação do governo fica mais dependente de ministros políticos e do líder no Congresso, Randolfe Rodrigues.
A situação é sensível para o Executivo, que ainda precisa aprovar a LDO para avançar no Orçamento de 2026. Com Alcolumbre e Motta afastados, a negociação de projetos de impacto fiscal e político se torna mais desafiadora. José Guimarães, líder do governo na Câmara, e Rogério Carvalho, líder no Senado, também terão papel crucial nas negociações futuras.
Os rompimentos da cúpula do Congresso com os articuladores do Planalto indicam um cenário desafiador para Lula. A necessidade de fortalecer as relações políticas se torna urgente, especialmente para garantir a aprovação de medidas importantes. Resta saber como o governo lidará com essa nova dinâmica no Legislativo e como conseguirá avançar em sua agenda diante desses obstáculos.




