Cinco anos sem Maradona: saiba como está o julgamento de médicos acusados de negligência
Primeiro julgamento foi anulado após juíza renunciar por participar de documentário sobre o caso. Nova audiência será em março de 2026
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Juíza da Argentina é demitida por participar de documentário sobre morte de Maradona
No dia 25 de novembro de 2025, o mundo perdeu Diego Armando Maradona. Cinco anos depois, o julgamento relacionado à morte do craque está parado. A última sentença foi anulada e uma nova audiência está marcada para março de 2026.
A Justiça da Argentina decidiu, em abril de 2023, levar os profissionais a julgamento. Em documento, a Câmara de Apelações e Garantias de San Isidro afirma que o grupo “incorreu em ações e omissões defeituosas, determinantes para o resultado da morte ora imputada”. Um relatório de uma junta médica havia indicado que o ídolo argentino foi “abandonado à própria sorte”, com “tratamento inadequado, deficiente e imprudente”.
Oito profissionais da saúde são réus no caso da morte de Maradona: o neurocirurgião Leopoldo Luque; a psiquiatra Agustina Cosachov; o psicólogo Carlos Díaz; a médica que coordenava os cuidados domiciliares, Nancy Forlini; o coordenador de enfermagem Mariano Perroni; o enfermeiro Ricardo Omar Almirón; a enfermeira Dahiana Gisela Madrid; e o médico clínico Pedro Di Spagna. Os acusados podem pegar de oito a 25 anos de prisão.
O primeiro julgamento começou em outubro de 2024 e não foi concluído. Em maio deste ano, a audiência foi anulada. O caso já havia sido suspenso por uma polêmica que envolvia uma das três juízas.
O próximo capítulo do julgamento será em seis meses. A nova audiência está marcada para o dia 17 de março de 2026. Sete dos oito réus estão envolvidos neste processo, enquanto a enfermeira Dahiana Gisela Madrid irá para juri popular.
Campeão mundial com a Argentina em 1986 — quando marcou dois gols históricos nas quartas de final contra a Inglaterra, o da “Mano de Dios” e o segundo, driblando meio time inglês —, Maradona teve sua carreira marcada pela genialidade em campo e pelas polêmicas fora dele. O camisa 10 defendeu a seleção em 91 jogos, atuando em quatro Copas do Mundo: 1982, 1986, 1990 e 1994.




