Aliados do presidente Lula (PT) afirmam que Arthur Lira (PP-AL) se destacou como um dos principais interlocutores do Palácio do Planalto no Congresso, durante uma cerimônia de sanção da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. Lira, relator da proposta, discursou no evento, considerado um dos atos políticos da gestão Lula. Os presidentes da Câmara e do Senado foram convidados, mas não compareceram, refletindo insatisfação com o governo. A relação estremecida com Motta e queixas de sua atuação à frente da Câmara foram evidenciadas na ausência dos líderes. Como revelado pela Folha de S.Paulo, Motta rompeu com o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ). A cúpula da Casa expressa descontentamento com o Palácio do Planalto pela falta de cumprimento de acordos e baixa execução orçamentária. O grupo de Motta acusa o governo de promover ataques à imagem da Câmara. Durante a cerimônia, Lira elogiou o presidente e membros do governo, enfatizando a importância do diálogo. Ele parabenizou Lula pela sanção da norma e destacou a relação próspera e voltada ao equilíbrio das votações. Motta conversou previamente com Lira e informou sua ausência no evento. Ele foi eleito em fevereiro com apoio de Lira, porém, desde então, a relação estremeceu. Motta minimizou a falta de presença e possível disputa de protagonismo com Lira, ressaltando que a pauta é sua responsabilidade. Parlamentares governistas elogiaram a postura de Lira, enquanto aliados de Lula classificaram a ausência de Motta na cerimônia como um erro político.




