Pastor Claudio: líder comunitário é preso por tráfico de drogas na Baixada Fluminense

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O Pastor Claudio Correia da Silva, mais conhecido como Pastor Claudio, atuava como líder comunitário e pastor evangélico na comunidade de Campos Elíseos, na Baixada Fluminense. No entanto, segundo a Polícia Civil, sua atuação ia além do trabalho social e religioso, sendo utilizado como fachada para o tráfico de drogas na região. O pastor era presidente de uma associação de moradores que, de acordo com as autoridades, era mantida como fachada pela facção criminosa Comando Vermelho. Sob ordens do traficante Joab da Conceição Silva, Pastor Claudio articulava extorsões e interferia em contratações na região.

Apesar de se apresentar como defensor da comunidade em vídeos publicados nas redes sociais da associação, Pastor Claudio estava envolvido em um esquema para expandir a influência do Comando Vermelho no polo industrial de Campos Elíseos. Segundo o delegado Moyses Santana, titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), o pastor tinha planos de se candidatar a vereador, com o objetivo de formalizar o domínio territorial já exercido na região pela facção criminosa.

Um passo importante na investigação desse esquema criminoso foi a Operação Refinaria Livre, deflagrada pela DRE, DRE-BF e 60ª DP. Durante a operação, foi cumprido o mandado de prisão de Pastor Claudio, que já estava detido desde o início do mês. Ele foi encontrado em Betim (MG) com explosivos e uma pistola, indicando sua participação em ações de intimidação contra a Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais.

A atuação de Pastor Claudio como intermediador do tráfico incluía visitas a empresas da região, onde se apresentava como mediador comunitário. Segundo a polícia, ele impunha regras ditadas pelo tráfico, cobrando taxas semanais que variavam de R$50 mil a R$100 mil. Empresas que se recusavam a pagar eram ameaçadas com incêndios, agressões e bloqueios de operações. O pastor também era responsável por um esquema de “rachadinha”, onde trabalhadores indicados pelo grupo criminoso repassavam parte de seus salários.

A Polícia Civil investiga o grupo liderado por Joab da Conceição Silva pelos crimes de extorsão, associação criminosa e atentado contra a liberdade de trabalho. A influência do Comando Vermelho na região de Campos Elíseos era tão extensa que chegou a atingir até prestadoras de serviço da Reduc, indicando uma forte infiltração criminosa nos setores internos do polo industrial. A população da Baixada Fluminense aguarda ansiosamente por mais informações sobre o desmantelamento desse grupo criminoso e a responsabilização de todos os envolvidos.

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