A um ano das eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil será como receber um benefício extra, equivalente a um 14º salário. Em um pronunciamento televisionado, Lula sugeriu que os beneficiados pela medida poderiam utilizar esse valor adicional para quitar dívidas ou adquirir uma televisão maior para acompanhar a Copa do Mundo de 2026. A nova lei de isenção do IR foi sancionada pelo presidente e foi uma promessa de campanha do PT.
Lula evitou usar o termo ‘isenção’ durante o pronunciamento, preferindo mencionar ‘zero de imposto de renda’, enfatizando que uma pessoa com renda de R$ 4,8 mil poderia economizar até R$ 4 mil em um ano. O presidente destacou que a medida tem como objetivo combater a desigualdade no país, garantindo uma taxação mínima de 10% para os mais ricos, que representam apenas 0,1% da população brasileira. Ele ressaltou que a nova legislação não somente ajusta a tabela do IR, mas também enfrenta a desigualdade tributária, considerada a principal causa da disparidade econômica no Brasil.
Lula reforçou seu discurso contra os privilegiados, mencionando que historicamente a elite acumulou vantagens, incluindo pagar menos impostos do que a classe média e os trabalhadores. Ele criticou a diferença entre a alíquota de IR paga por quem vive de renda, muito menor do que a daqueles que dependem do seu trabalho para sobreviver. O presidente classificou essa disparidade como inaceitável e declarou ser necessário promover mudanças. Salientou que a ampliação da isenção do IR é o primeiro passo de uma série de iniciativas para transformar a realidade da desigualdade no Brasil e promover a justiça fiscal.
Lula afirmou que o objetivo é garantir que os brasileiros tenham acesso à riqueza gerada por seu esforço e trabalho, comprometendo-se a continuar lutando contra os privilégios de poucos em prol dos direitos e oportunidades de muitos. Ele enfatizou que a medida visa equilibrar as obrigações fiscais, assegurando que os mais ricos contribuam de forma justa para o desenvolvimento do país. O presidente encerrou seu discurso reiterando a importância de seguir em frente na busca por uma sociedade mais igualitária e democrática.




