Saída de Messias, indicado ao STF, deixa governo sem porta-voz com evangélicos

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A decisão do presidente Lula de indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal (STF) agradou o segmento evangélico, mas criou uma lacuna no governo no diálogo com lideranças religiosas. Desde o início do terceiro mandato do petista, Messias exercia o papel de porta-voz do Planalto em eventos religiosos, como a Marcha para Jesus, sendo uma das principais pontes do governo com a Frente Parlamentar Evangélica e líderes de grandes igrejas.

Petistas reconhecem a dificuldade de encontrar alguém à altura para ocupar o espaço de Messias. A ministra Marina Silva, também evangélica, não é vista como substituta ideal. Outra opção seria descentralizar a representação no meio evangélico, não atribuída a apenas um nome até o final do mandato. Messias fortaleceu laços com a comunidade religiosa, ajudando a reduzir resistências ao seu nome para o STF.

Messias representou o governo na Marcha para Jesus de São Paulo, evento que costuma receber políticos da direita. Mesmo vaiado em edições anteriores, Messias foi responsável por entregar cartas de Lula aos líderes do evento. Sua saída deixa uma lacuna no diálogo do governo com os evangélicos, sem um substituto claro à vista. Aproximações com líderes religiosos têm sido feitas por outros membros do governo, como a primeira-dama Janja da Silva.

Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais, tem articulado novas estratégias para se aproximar dos evangélicos, mas a saída de Messias deixa um vazio significativo no diálogo. A avaliação dos líderes evangélicos sobre a ida de Messias ao STF é positiva, mas a busca por um novo porta-voz para o presidente Lula no meio religioso se torna desafiadora. A troca representa uma oportunidade para desenvolver uma nova estratégia de comunicação, mais voltada para a base e não apenas para líderes religiosos.

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