Cenário de crise no clã Bolsonaro: O embate entre Michelle e Flávio

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Bastaram apenas dez dias da prisão de Jair Bolsonaro na superintendência da PF em Brasília para que as divergências entre os membros da família Bolsonaro viessem à tona, evidenciando a disputa pelo protagonismo político no clã. De um lado, os filhos do ex-presidente reivindicando o espólio do pai, e do outro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, presidente do PL Mulher, demarcando seu território. Enquanto isso, o PL, sob o comando de Valdemar Costa Neto, tenta se proteger da turbulência familiar afirmando que Bolsonaro, mesmo detido, continua dando as ordens no partido.

A crise no clã se agravou com as declarações de Michelle no último fim de semana, criticando a aproximação do PL com o ex-ministro Ciro Gomes no Ceará. No entanto, a ex-primeira-dama foi desautorizada por Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro. Na reunião agendada para esta terça-feira, a cúpula do PL, com Valdemar e o senador Rogério Marinho, deve abordar diretamente Michelle para que siga as diretrizes do partido e empoderar Flávio dentro da legenda.

Aliados de Bolsonaro chegam a mencionar passagens bíblicas sobre a importância do primogênito, defendendo que Flávio seja o líder da família. Embora Michelle seja evangélica, as razões políticas ressaltam a habilidade do senador na articulação e na construção de confiança com o pai, colocando-o como um forte candidato para liderar o partido e possivelmente enfrentar futuras disputas eleitorais.

Enquanto Flávio se destaca na esfera política, Michelle é vista como um ativo com as mulheres e os evangélicos, porém criticada por membros do PL por sua atuação isolada e falta de diálogo. Aliados do ex-presidente afirmam que essa postura pode prejudicar sua viabilidade como opção para compor uma chapa de direita nas eleições presidenciais.

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