Técnica de enfermagem morta em distribuidora tinha se mudado para casa de amiga
por medo do ex
Rosilene Barbosa do Espírito Santo, se mudou para a casa da amiga após
denunciá-lo por violência doméstica. Antes de se mudar, o homem disse que
preferia matá-la e depois se matar, a ter que dividir os bens do casal.
Mulher é morta a tiros pelo marido em Rio Verde após pedir medida protetiva
[imagem]
A técnica de enfermagem Rosilene Barbosa do Espírito Santo, de 38 anos, morta a
tiros no sábado (29), em Rio Verde, em uma distribuidora, tinha
se mudado para a casa de uma amiga por medo do ex-marido, segundo a polícia. Ela
havia denunciado Edis Ramos Mandacari, por violência doméstica quatro dias antes
do crime. (Veja o momento do crime no vídeo acima).
Em ocorrência registrada na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher
(DEAM) de Rio Verde, no dia 25 de novembro, Rosilene contou que o ex-marido
teria dito que, se tivessem que se separar e dividir bens, preferia matá-la e
depois se matar.
A família morava no estado de Mato Grosso antes de se mudar para Goiás. O casal
tinha um filho de 13 anos e estava junto havia 15. O homem tirou a própria vida
após matar a mulher, segundo a polícia.
Segundo o delegado Adelson Candeo, responsável pelo caso, Rosilene e o filho do
casal estavam morando com uma amiga após a técnica ter denunciado Edis, por
ameaças, agressões e tentativa de enforcamento.
“Ela e o filho já estavam na casa dessa amiga por medo dele. Ela já pensava em
separação, e ele não concordava, pressionando-a com falas sobre suicídio. Chegou
a se aproximar dela segurando uma corda, como se estivesse se despedindo”,
afirmou.
Histórico de violência
Segundo a denúncia de Rosilene na DEAM de Rio Verde, durante todo o
relacionamento o autor a submeteu a agressões verbais, com ofensas como “eu te
peguei na sarjeta”, “burra” e “idiota”, além de demonstrar comportamento
explosivo sempre que contrariado.
Na delegacia ela relatou que a primeira briga mais grave ocorreu em 25 de
outubro de 2025, quando o Edis a xingou, tomou o celular dela e do filho e
quebrou ambos os aparelhos, além de danificar copos e pratos dentro da
residência.
Segundo o documento, em 21 de novembro de 2025, Rosilene disse ter comunicado ao
marido que desejava a separação. Ela contou que no dia 25 de novembro, por volta
das 7h, o marido foi buscá-la e ela notou que ele estava com comportamento
estranho. Já na moto, ele fez menção de empinar o veículo.
Na sequência, já em casa, ao questioná-lo sobre o que estava acontecendo, Edis
voltou a se alterar, gritar e culpá-la por toda a situação. No relato, Rosilene
disse que ele afirmou estar com raiva e ódio e começou a ameaçá-la, dizendo que,
se tivessem de se separar e dividir bens, preferia matá-la e depois se matar.
Em seguida, segundo o relato da técnica em enfermagem, ele se aproximou e passou
a enforcá-la, além de tomar seu celular. Rosilene conseguiu sair da residência e
o autor trancou as portas, impedindo seu retorno. Do lado de fora, ela viu uma
escada encostada no muro, subiu por ela e chamou a vizinha, pulando para o
quintal da residência vizinha.
Enquanto ainda estava sobre o muro, ela viu o autor sair da casa segurando uma
corda e chamando: “Rose, vem cá!”. Foi quando chamou a polícia.
As tipificações registradas foram lesão corporal dolosa no contexto de violência
doméstica (art. 129, §9º do CP) e ameaça (art. 147 do CP), ambas na forma
consumada.




