A defesa de Jair Bolsonaro reforçou, nesta quarta-feira (3), o pedido para que um médico fisioterapeuta possa visitar de forma recorrente o ex-presidente na Superintendência da PF, em Brasília. O objetivo é continuar com a rotina de atendimentos fisioterapêuticos semanais, necessários para preservar a capacidade funcional mínima de Bolsonaro, devido ao seu frágil estado de saúde. A prática da fisioterapia foi recomendada pelo seu médico cirurgião para evitar agravamentos em crises gastrointestinais e respiratórias do ex-presidente. Além disso, contribuía para a diminuição da frequência e intensidade de sintomas como soluços e vômitos, favorecendo a mobilidade do diafragma, prevenindo complicações pulmonares e mantendo um condicionamento físico.
A interrupção abrupta do tratamento fisioterapêutico pode gerar prejuízos significativos à saúde de Bolsonaro, conforme a defesa alega em documento protocolado. Por isso, foi solicitada a reconsideração da decisão do ministro Alexandre de Moraes, que liberou apenas o acesso de um médico cardiologista, negando a entrada do fisioterapeuta sem uma indicação médica específica. A defesa do ex-presidente argumenta que a presença do fisioterapeuta é essencial para manter o protocolo clínico já estabelecido e evitar complicações respiratórias, gastrointestinais e funcionais. O pedido inicial, feito na segunda-feira (1º), era para que dois profissionais da saúde tivessem acesso a Bolsonaro, porém somente o cardiologista foi autorizado na terça (2).
Bolsonaro encontra-se preso na Superintendência da PF desde 22 de novembro, cumprindo pena de 27 anos e três meses por liderar tentativa de golpe de Estado. A defesa busca garantir que o ex-presidente continue recebendo os cuidados necessários para sua condição de saúde, incluindo as sessões de fisioterapia. A expectativa é de que o ministro do STF reavalie a situação e permita a presença do profissional para assegurar o bem-estar e a reabilitação de Bolsonaro durante o período de prisão.




