Partido de Jair Bolsonaro, o PL será diretamente beneficiado pela decisão do STF de prender preventivamente o atual presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil). O benefício imediato ao partido será assumir o comando da Alerj. Na mesma decisão de prisão, o ministro do STF Alexandre de Moraes também ordenou o afastamento de Bacellar da presidência da Assembleia. Com isso, quem assumirá o comando da Alerj será o deputado estadual Guilherme Delaroli (RJ), atual vice-presidente da Casa. Delaroli é ligado ao deputado federal Altineu Côrtes, presidente estadual do PL no Rio. Militar da reserva da Polícia Militar do Rio, o novo presidente da Alerj é de uma família de políticos. Ele é filho do ex-vereador José Delaroli (PL) e irmão do atual prefeito de Itaboraí (RJ), Marcelo Delaroli (PL). Prisão reduz influência do presidente da Alerj. Outro benefício em médio e longo prazos ao PL será reduzir a influência de Bacellar na política fluminense. O presidente da Alerj vinha entrando em rota de colisão com o governador Cláudio Castro, que é do PL. A relação entre os dois estremeceu em julho, quando Bacellar assumiu provisioriamente o governo do Rio e imediatamente exonerou o então secretário estadual de Transportes, Washington Reis (MDB). Nos bastidores, o governador alegou que o presidente da Alerj exonerou o emedebista sem consultá-lo antes, horas após o Castro viajar ao exterior e deixar o comando do estado, interinamente, para Bacellar. Ao retornar ao Rio, o governador tentou renomear Reis, mas foi pressionado pelo presidente da Assembleia a manter a demissão. Para isso, Bacellar passou a ameaçar Castro de abrir um processo de impeachment.




