O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar, foi preso nesta semana por suspeita de vazamento de informações da operação que levou à prisão do então deputado estadual TH Jóias, ligado ao Comando Vermelho. Após a prisão de Bacellar, o governador do estado, Cláudio Castro, emitiu uma nota expressando sua confiança na condução técnica e imparcial do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Polícia Federal (PF) nas investigações.
O governador destacou a importância de garantir o direito ao devido processo legal ao chefe do Legislativo estadual e manifestou compromisso com a legalidade, a transparência e o pleno funcionamento das instituições. A prisão de Bacellar foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que também ordenou medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, ao assessor Thárcio Nascimento Salgado, suspeito de colaborar com TH Jóias para se esconder da operação policial.
A decisão do STF também levantou questionamentos sobre órgãos do Estado do Rio, como o Proderj, a Secretaria de Planejamento e Gestão e a Imprensa Oficial do Estado, relacionados à exoneração do secretário de Esporte e Lazer, Rafael Picciani, suplente de TH Jóias. A PF classificou as ações de Bacellar como uma “célere manobra regimental” para desvincular a imagem da Alerj do então deputado investigado, indicando um possível vazamento de informações para proteger aliados políticos.
Rodrigo Bacellar teve sua prisão preventiva decretada pela PGR com base em argumentos como o risco de fuga, dada sua situação financeira e rede de contatos, e a possibilidade de intimidação de testemunhas. Além da prisão, Moraes determinou o afastamento de Bacellar da presidência da Alerj e a realização de buscas em diversos endereços ligados ao parlamentar e seus colaboradores. TH Jóias, que está detido, teve seu apartamento no Recreio dos Bandeirantes vasculhado pela PF.
A operação que resultou na prisão de Bacellar e de seu assessor Thárcio revelou uma série de conexões entre agentes políticos e organizações criminosas, gerando impacto não só na política, mas também na segurança pública do estado. A condução das investigações pelo STF e pela PF evidencia a necessidade de combater a corrupção e o crime organizado, garantindo a transparência e a integridade das instituições públicas. O desdobramento desse caso pode trazer mudanças significativas no cenário político do Rio de Janeiro e reforçar a importância da aplicação da lei e da justiça para promover a paz e a ordem social.




