A “Sala da tia Dani”, como era conhecida na creche particular de Copacabana, se tornou um pesadelo para crianças entre 4 e 6 anos, vítimas de agressões por parte da coordenadora pedagógica, Daniele de Oliveira Bispo. As ações de tortura, que incluíam puxões de cabelo, sufocamentos e isolamento em uma sala escura, marcaram as vidas dos pequenos alunos ao longo de 2024. A prisão preventiva de Daniele ocorreu após denúncias de uma mãe que percebeu os sinais de violência no filho, levando à descoberta de um cenário perturbador na instituição de ensino.
Segundo relatos da delegada Maria Luiza, a ‘Sala da tia Dani’ era temida pelas crianças, que eram deixadas trancadas e sozinhas, vivenciando um ambiente de tortura. A identificação das agressões só foi possível após a denúncia de uma mãe, que notou a recusa do filho em comer e seu medo em relação à figura de “tia Dani”. Imagens das câmeras de segurança revelaram os atos violentos cometidos não apenas contra o menino, mas também contra outras crianças na creche, resultando em demissão da coordenadora no ano anterior.
Após sua demissão, Daniele começou a trabalhar em outra creche, no Méier, onde foi presa pelas autoridades. As investigações indicaram que outras cinco funcionárias que tinham conhecimento das agressões foram indiciadas por tortura, sendo a diretora da escola uma delas. A polícia também orientou os responsáveis a observarem sinais de comportamento atípico nas crianças, como recusa em comer, medo de certos funcionários ou relatos de dores no corpo, para identificar possíveis vítimas de violência.
No contexto de violência infantil, a delegada enfatizou a importância da escuta sensível e observação detalhada dos pais para identificar possíveis sinais de maus-tratos. Mesmo agressões sem marcas visíveis, como puxões de cabelo ou sufocamentos, podem causar danos psicológicos profundos nas crianças. A violência psicológica, muitas vezes, passa despercebida e também pode ser enquadrada como tortura, exigindo atenção redobrada dos responsáveis para proteger seus filhos.
Diante do caso chocante na creche de Copacabana, com relatos de agressões físicas e psicológicas contra crianças inocentes, a sociedade se depara com a realidade cruel de crianças vítimas de violência. A conscientização sobre os sinais de abuso e a importância de denunciar atos de tortura são fundamentais para proteger a integridade e o bem-estar dos pequenos. A justiça deve ser feita em casos como esse, garantindo a punição dos responsáveis e a segurança das crianças em ambientes escolares e sociais.




