A Polícia Federal, com apoio do Bope e da Corregedoria da PM, realizou a Operação Tredo para desarticular um grupo de agentes de segurança suspeitos de vazar informações sigilosas para o Comando Vermelho no Rio de Janeiro. Entre os presos, está um sargento do Bope, responsável pela escalação de equipes para operações, facilitando o vazamento de dados estratégicos para a facção criminosa.

A investigação teve início com a Operação Buzz Bomb, que resultou na prisão de um militar da Marinha em setembro. Ele operava drones usados pelo Comando Vermelho em ataques e monitoramento. A partir dessas informações, a PF identificou policiais militares que repassavam dados sobre incursões policiais antecipadamente aos chefes do CV, permitindo que os criminosos se preparassem para dificultar ou frustrar as ações das forças de segurança.

Os investigados enfrentarão acusações de organização criminosa armada, corrupção ativa e passiva, tráfico de drogas, homicídio, porte ilegal de arma e violação de sigilo funcional. O nome da operação desta segunda-feira, Tredo, faz alusão a traidor, aquele que age com falsidade e deslealdade.

Na Operação Buzz Bomb, deflagrada em setembro de 2024, o cabo da Marinha Rian Maurício Tavares foi preso por operar drones utilizados pelo Comando Vermelho em ataques e monitoramento. Durante o cumprimento dos mandados da Operação Tredo, equipes foram recebidas a tiros no Complexo da Penha. Quatro moradores ficaram feridos, mas sem gravidade, e receberam alta após atendimento médico.

A PF suspendeu temporariamente a ação no local para evitar uma escalada do confronto. A operação contou com a prisão de dois sargentos da PM e a apreensão de veículos e celulares dos investigados. Os acusados responderão por diversos crimes, incluindo organização criminosa, tráfico de drogas e porte ilegal de arma, reforçando o combate à corrupção e ao crime no Rio de Janeiro.