Na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), durante uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que ocorreu desde às 11h, houve um intenso bate-boca entre os deputados. O motivo da discussão foi o Projeto de Resolução sobre a prisão de Rodrigo Bacellar, que seria levado à votação no plenário da Casa. O deputado Carlos Minc (PSB) manifestou sua discordância com os termos do texto e foi alvo de críticas do deputado Alexandre Knoploch (PL).
Durante a votação na CCJ, Carlos Minc apresentou um voto divergente contra o projeto de resolução que propunha a soltura de Rodrigo Bacellar, preso pela Polícia Federal na semana anterior. Minc se posicionou a favor da manutenção da decisão do ministro Alexandre de Moraes. Este posicionamento gerou um embate entre Minc, o relator Rodrigo Amorim (União), o vice-presidente da CCJ Fred Pacheco (PMN) e Knoploch.
Rodrigo Amorim, durante a discussão, afirmou que já votou pela constitucionalidade em projetos que envolviam temas como “maconha e praia de nudismo”, mas que no plenário adotou uma posição contrária. Knoploch chegou a acusar Minc de estar agindo de forma desrespeitosa, o que gerou ainda mais tensão na reunião. Os ânimos se exaltaram a ponto dos microfones serem cortados na tentativa de conter a discussão.
Carlos Minc deixou claro sua opinião de ser favorável à manutenção da prisão de Bacellar, argumentando que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) deveria ser seguida. Ele defendeu que os dados levantados contra Bacellar eram graves e que a sua influência como presidente poderia comprometer as investigações. Minc concordou com a possibilidade de votar o afastamento de Bacellar em separado.
Após a discussão acalorada, Rodrigo Amorim solicitou que a palavra “palhaçada” dita por Knoploch fosse retirada da ata, e essa edição foi aceita pelo deputado. A polêmica na CCJ evidenciou as divergências e tensões no ambiente político da Alerj, refletindo as diferentes visões e posicionamentos dos parlamentares em relação ao caso de Rodrigo Bacellar e às decisões judiciais envolvidas. A votação do Projeto de Resolução certamente continuará gerando debates e polêmicas no plenário da Casa.




