O Secretário de Governo do Rio de Janeiro está diretamente envolvido em uma polêmica que envolve o deputado Rodrigo Bacellar. Segundo informações, o secretário André Moura teria entrado em contato com alguns parlamentares pedindo votos a favor da soltura de Bacellar, que atualmente está preso. No entanto, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e líder do governo na Alerj, deputado Rodrigo Amorim, negou qualquer envolvimento do Palácio Guanabara nesse assunto.
De acordo com as informações apuradas pelo GLOBO, o lobby para a soltura de Bacellar teria partido de uma iniciativa pessoal do secretário de Governo e não de um pedido direto do presidente Cláudio Castro. André Moura, vale ressaltar, é um dos indicados de Bacellar no governo fluminense. Rodrigo Amorim afirmou que não há orientações do governo sobre o tema e que se trata de uma questão interna da Assembleia Legislativa.
A votação para decidir a situação de Bacellar está marcada para as 15h, após a CCJ decidir levar o projeto de resolução ao plenário. A sessão da comissão, liderada por Rodrigo Amorim, foi marcada por acalorados debates e propostas de votação sobre a permanência de Bacellar na presidência da Casa em caso de soltura. Os deputados mostraram receio em afrontar o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Durante o debate, Amorim fez questão de ressaltar que a Constituição prevê a decisão sobre a prisão e que possíveis decisões do ministro devem ser acatadas. A reunião contou com embates intensos e a presença de parlamentares que não fazem parte da CCJ. Nos bastidores da Assembleia, há uma expectativa de que Bacellar seja solto, mas os parlamentares preferiram focar apenas na questão da prisão para evitar possíveis sanções do STF.
A posição dos parlamentares contra a prisão de Bacellar foi vista como um possível alinhamento a interesses de organizações criminosas, segundo avaliações internas. Em meio a toda essa polêmica, Rodrigo Amorim ainda se envolveu em um bate-boca na Alerj ao mencionar que já votou a favor da constitucionalidade em projetos relacionados à maconha e praia de nudismo. O desfecho dessa situação promete ser marcado por intensos debates e repercussões políticas no estado do Rio de Janeiro.




