Ausências estratégicas marcam votação na Alerj sobre prisão de Rodrigo Bacellar

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Quatro deputados não participaram da votação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) sobre a prisão de Rodrigo Bacellar. O deputado Rodrigo Bacellar, do partido União Brasil, foi preso pela Polícia Federal na semana passada e está atualmente em uma cela de quatro metros quadrados na Superintendência da PF do Rio. A sessão que analisou o caso do presidente afastado da Alerj começou em clima tenso, com a participação de representantes de partidos de esquerda e de direita discursando antes da votação.

Dos 69 deputados presentes, cinco não participaram da votação, sendo quatro ausentes e um licenciado. Entre os ausentes estão Felipe Soares (União Brasil), Vinicius Cozzolino (União Brasil), Cláudio Caiado (PSD) e Dionísio Lins (PP). Dionísio Lins, que já estava afastado anteriormente, cumpre licença médica de 15 dias para tratar de problemas coronarianos.

No partido União Brasil, as ausências dos deputados chamaram atenção nos bastidores. A não participação de Vinicius Cozzolino foi interpretada como um movimento político calculado, visto que ele preferiu não se comprometer com a base do partido nem com articulações com o prefeito do Rio, Eduardo Paes. Outros deputados também evitaram comparecer para não se indispor com suas bases eleitorais, ao mesmo tempo em que não criariam atritos diretos com Bacellar.

A questão em jogo envolve a disputa em torno dos royalties de petróleo, sendo que Cozzolino é irmão do prefeito de Magé, Renato Cozzolino, um dos municípios envolvidos nas negociações recentes sobre a redistribuição dos recursos. No início da semana, prefeitos de cinco municípios assinaram um acordo para reordenar a divisão dos royalties, gesto considerado histórico para a região do Leste Fluminense.

As ausências dos deputados na votação sobre a prisão de Bacellar foram cuidadosamente calculadas em um momento de forte desgaste político e incertezas sobre os próximos desdobramentos do caso. A avaliação geral é de que as ausências foram estratégicas para evitar desgaste político e preservar relações políticas e eleitorais. A decisão da Alerj em relação à prisão de Rodrigo Bacellar foi revogada após 42 deputados votarem a favor, mostrando o cenário dinâmico e complexo da política na atualidade.

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