No caso do deputado Rodrigo Bacellar, a votação pela soltura na Alerj foi marcada por surpresas e posicionamentos diversos. Enquanto o Partido Liberal (PL), alinhado à direita, teve três deputados votando pela manutenção da prisão de Bacellar, no Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada Carla Machado contrariou a posição da legenda e votou a favor da soltura do parlamentar.
Durante a votação, que contou com 42 votos a favor da liberdade de Bacellar e 21 contra, houve divergências até mesmo dentro dos partidos. No PL, além dos três parlamentares que votaram pela manutenção da prisão, o Delegado Carlos Augusto se absteve. Já o PT teve a única defecção com o voto favorável de Carla Machado, enquanto os outros cinco deputados da bancada votaram contra a liberação de Bacellar.
O partido União, do qual Rodrigo Bacellar faz parte, não registrou votos contrários ao parlamentar preso. No entanto, duas ausências chamaram atenção: Filipe Soares e Vinicius Cozzolino. Esta última, membro da CCJ, teve sua não participação interpretada como um movimento político estratégico, sem se comprometer nem com o partido nem com articulações com o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Dentro desse contexto, o deputado Douglas Gomes (PL), que votou a favor da manutenção da prisão de Bacellar, afirmou ter sofrido pressões para se posicionar contra a prisão. Enquanto isso, Flávio Serafini (Psol) explicou que a decisão da sua bancada foi unânime pela manutenção da prisão, baseada na avaliação da solidez das acusações contra Bacellar.
Essa divisão de votos reflete as diferentes visões políticas e interesses envolvidos no caso de Rodrigo Bacellar. Enquanto alguns parlamentares priorizaram a análise das acusações, outros consideraram questões partidárias e compromissos políticos ao decidir seu voto. A repercussão dessa votação na Alerj demonstra a complexidade das relações políticas e a diversidade de posicionamentos no cenário político atual.




