A polêmica em torno da nova estação de TGV em Vila Nova de Gaia persiste, com a indefinição entre construí-la a 60 metros de profundidade ou à superfície, o que pode afetar moradores e empresas. A Agência Portuguesa do Ambiente emitirá seu parecer sobre o assunto até o final deste mês.
Há um debate aceso sobre a localização da futura estação de TGV em Vila Nova de Gaia, com opiniões divididas entre enterrá-la a 60 metros de profundidade ou mantê-la à superfície, e até sugerindo a mudança para outro local, como Vilar do Paraíso. O consórcio liderado pela Mota Engil apresentou a proposta de construir a estação à superfície, trazendo benefícios em termos de operação ferroviária, com quatro linhas disponíveis, mas a chegada do Metro ainda não é garantida.
O projeto urbanístico da estação de TGV em Campanhã, sob responsabilidade de Souto Moura, passará por grandes transformações, porém a grande questão gira em torno da sua localização exata em Vila Nova de Gaia. A alternativa de construir a estação a 60 metros de profundidade também levanta preocupações quanto à segurança, principalmente em situações de emergência como incêndios, onde a evacuação de milhares de pessoas poderia ser desafiadora.
A possível solução de construir a estação à superfície acarretaria a necessidade de realocação de moradores e empresas impactadas, embora os detalhes sobre essa questão ainda estejam em aberto. O vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, Carlos Fernandes, destaca a importância estratégica do projeto para o país, ressaltando que a conexão de alta velocidade entre Lisboa e o Porto é o ponto crucial a ser considerado.
O projetista do consórcio TGV, António Campos e Matos, enfatiza a preocupação em minimizar os impactos negativos da construção da estação, procurando reduzir ao máximo o número de residências afetadas. A decisão sobre a localização e a configuração da estação de TGV em Vila Nova de Gaia terá repercussões significativas na região, com diferentes perspectivas a serem consideradas antes da definição final pela APA.