O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), reagiu às críticas do PT ao PL da Dosimetria, aprovado pela Casa Legislativa. Ele acusou a sigla de ‘incoerência histórica’, recordando sua oposição à Constituição de 1988. Motta mencionou o ex-deputado Ulysses Guimarães, principal liderança na elaboração da Constituição de 88, ao rebater as críticas do PT.
Durante a sessão, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, criticou Hugo Motta, que, ao assumir a presidência da Casa, havia mencionado Ulysses Guimarães e o filme sobre Rubens Paiva, ex-deputado assassinado na ditadura militar, ‘Ainda Estou Aqui’. Farias acusou Motta de ‘crime’ ao pautar um projeto que, segundo ele, visava reduzir penas de generais do regime militar e de Bolsonaro (PL).
Em resposta, Hugo Motta destacou que o PT se opôs ao texto da Constituição de 1988 durante seu processo de criação. Embora o partido tenha assinado o documento final, não participou da cerimônia de promulgação e votou contra vários dispositivos. ‘Tenho respeitado muito os oradores, mas ouvir membros do PT invocarem Ulysses Guimarães, quando o próprio partido foi contra a Constituição atual, é verdadeiramente uma incoerência histórica’, rebateu o presidente da Câmara.
A polêmica envolvendo o PL da Dosimetria continua acentuando as divergências políticas no Congresso. A postura crítica do PT em relação ao projeto proposto por Motta revela as tensões entre as diferentes siglas. A discussão sobre temas sensíveis como punições a militares da ditadura e figuras políticas importantes mostra como a política brasileira está repleta de controvérsias e antagonismos ideológicos.
Hugo Motta parece determinado a confrontar as acusações de ‘incoerência’ por parte do PT, relembrando a postura histórica da sigla em contextos cruciais como a elaboração da Constituição de 88. As trocas de farpas entre os partidos apenas evidenciam o embate político constante no cenário nacional, lançando luz sobre a complexidade e as contradições que permeiam o debate público no Brasil.




