A insatisfação com o presidente da Câmara dos Deputados Hugo Motta (Republicanos-PB) atingiu um novo patamar após uma votação que manteve os mandatos de Glauber Braga (PSOL-RJ) e Carla Zambelli (PL-SP). Já se especula nos corredores da Casa sobre uma possível união entre PT e PL para retirá-lo do cargo, de acordo com a jornalista Andrezza Matas. Importante ressaltar que Motta rompeu com Lindberg Farias e Sóstenes Cavalcanti, líderes dos partidos mencionados. Há a percepção de que ele não consegue controlar a Casa, evidenciada pelos episódios de turbulência no plenário, como quando Glauber Braga ocupou sua cadeira e houve repressão violenta, inclusive contra a imprensa.
O governo analisa que não há mais interlocução para negociar projetos e será necessário negociar voto a voto com cada parlamentar. Na próxima semana, Motta enfrentará outro desafio ao tentar confirmar sua liderança na Câmara, buscando apoio dos membros da Mesa Diretora para destituir o mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) devido a faltas. Apesar do Regimento Interno prever a perda do mandato em casos de ausência, a assinatura dos sete integrantes da Mesa é obrigatória. Dois membros já sinalizaram voto contrário. Os demais são: Carlos Veras (PT-PE), Lula da Fonte (PP/PE), Delegada Katarina (PSD/SE) e Sergio Souza (MDB/PR). A cassação de Alexandre Ramagem (PL-RJ) também estará em pauta na próxima semana, aguardando análise do plenário da Casa.




