Embora o presidente insista na presença de Pacheco ao seu lado, na campanha por um quarto e último mandato, o parlamentar mineiro já sinalizou que não pretende continuar na vida pública, a partir do ano que vem. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que não desistiu da ideia de convencer o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) a disputar o governo de Minas Gerais, no ano que vem. A presença de Pacheco, nas urnas, é considerada estratégica para a construção de seu palanque nacional à reeleição.

Eu disse ao Pacheco: ‘Cara, eu tô te pedindo para você me ajudar a ganhar as eleições para a Presidência da República. Você será governador do segundo Estado mais importante do Brasil. Você pode fazer a diferença nesse processo eleitoral. Ele relutou, relutou, mas ele pensa que eu desisti, eu não desisti — disse Lula a jornalistas na capital mineira. Embora o presidente insista na presença de Pacheco ao seu lado, na campanha por um quarto e último mandato, o parlamentar mineiro já sinalizou que não pretende continuar na vida pública, a partir do ano que vem. O senador, que estava cotado para ocupar a vaga de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF), foi preterido por Lula, que indicou o advogado-Geral da União, Jorge Messias.

Na entrevista, Lula também reagiu às declarações do governador Romeu Zema (Novo), que recentemente classificou a gestão federal como uma “bomba-relógio”. O presidente respondeu no ato, ao afirmar que o próprio governo mineiro ampliou a dívida do Estado. Quando ele olha e fala que meu governo é uma bomba-relógio, ele deve estar olhando pro governo dele. Porque ele pegou esse governo com dívida de cento e poucos bilhões (de reais) e deixou com 200 e poucos bilhões. Ele passou oito anos sem pagar dívidas. Quem fez o acordo pra resolver o problema da dívida de Minas fomos nós — resumiu Lula.