O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alertado por senadores do PSD e do MDB sobre a iminente aprovação do PL da Dosimetria pelo Senado Federal. Durante conversas com representantes das duas siglas, ficou claro que a proposta tem chances de ser aprovada, mesmo com um placar ajustado. Em resposta, Lula prometeu agir até a próxima semana para tentar adiar ou derrubar a votação do projeto. Considerando a pressão popular nas ruas e nas redes sociais contra a medida, o presidente tem apostado em mobilizações contra o projeto. A esquerda convocou uma manifestação para este final de semana, buscando sensibilizar os senadores. Além disso, Lula espera que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) possa adiar a análise do projeto, postergando a votação para o próximo ano. Um grupo moderado no Senado também discute alterações no texto, como a exclusão do benefício da anistia para crimes comuns, o que poderia resultar no retorno do projeto à Câmara dos Deputados para nova apreciação. O projeto em questão propõe a redução do tempo para progressão de pena em casos de crimes ambientais, coação em processo e incêndio doloso, que não guardam relação com os acontecimentos de 8 de janeiro. Durante entrevista na quinta-feira (11), Lula admitiu a possibilidade de vetar partes do projeto, principalmente os trechos que poderiam favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro. Atualmente, o STF apresenta discordância em relação ao projeto, porém a maioria dos ministros considera que a medida representa um desafio ao Poder Judiciário.




