Polícia Federal (PF) apontou o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) como peça central de uma associação criminosa para desviar recursos de sua cota parlamentar. O indiciamento, formalizado na última quinta-feira (11), acusa o parlamentar e integrantes de seu gabinete, incluindo seu filho de 22 anos, pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio. O caso investiga a suposta falsificação de documentos para criar uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), cujo quadro social era composto por crianças de 1 a 9 anos, com o objetivo de direcionar a ela verbas públicas. A PF também apura se o escritório político do deputado em Goiânia, mantido com a cota, funcionava no mesmo endereço de uma antiga escola de inglês e uma loja de itens bolsonaristas (o “Bolso Point”). O relatório da PF, em sigilo, foi encaminhado ao Supremo, e cabe agora à Procuradoria-Geral da República analisar se oferece denúncia. Para Gayer, cotado ao Senado em 2026, a investigação surge como uma ameaça concreta a sua campanha.



