O Supremo Tribunal Federal (STF) está avaliando a transferência de Jair Bolsonaro da superintendência da Polícia Federal em Brasília para o 19º Batalhão da Polícia Militar, conhecido como Papudinha. Segundo análise de Luísa Martins, ao Bastidores CNN, a possibilidade de prisão domiciliar humanitária para o ex-presidente está completamente descartada no curto e médio prazo. A analista aponta que não há indicativo de que Bolsonaro terá esse benefício em 2025, pois há um risco de fuga, especialmente após tentativas anteriores. Essa avaliação é compartilhada nos bastidores do STF.
O principal motivo para a não consideração da prisão domiciliar é o risco de fuga constatado pela Polícia Federal e pelo ministro Alexandre de Moraes. Este risco ficou evidente quando Bolsonaro tentou romper a tornozeleira eletrônica. A vigília liderada por Flávio Bolsonaro também foi interpretada como uma tentativa de distração para facilitar a fuga de Bolsonaro. Isso foi crucial para enterrar a possibilidade de prisão domiciliar, algo que chegou a ser considerado no início.
Atualmente, Bolsonaro está detido em uma cela de 12 metros quadrados na superintendência da PF, reclamando do espaço reduzido para a prática de exercícios que auxiliariam sua saúde. Uma possível transferência para a Papuda garantiria um espaço mais amplo. No entanto, a decisão depende da perícia médica. A mudança poderia trazer impactos negativos para Bolsonaro, dada a simbologia da Papuda.
A perícia será crucial para determinar se Bolsonaro permanecerá na PF ou será transferido. A preocupação com a imagem negativa da Papuda contrasta com as condições atuais de detenção problemáticas. Bolsonaro se importa com esse ponto, mas também enfrenta dificuldades na superintendência da PF. Ainda assim, a questão da saúde será determinante para a decisão final.




