Filósofo americano afirma que Brasil se tornou líder mundial no combate ao fascismo e na prisão de Bolsonaro

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O renomado filósofo americano Jason Stanley, especialista em fascismo e autor do livro ‘Como Funciona o Fascismo’, declarou em uma entrevista à Folha de S.Paulo que o Brasil se destacou como um líder mundial na resistência ao fascismo ao prender o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Stanley, o Brasil serve de exemplo ao ter enviado seu líder autoritário à prisão por tentar se manter no poder após perder as eleições. Mesmo enfrentando grandes obstáculos, como sanções à Suprema Corte, o Brasil liderou efetivamente a luta contra o fascismo.
Em referência à atuação das instituições brasileiras, Stanley elogiou a coragem dos ministros do Supremo Tribunal Federal e a solidez das instituições do país. Ele destacou que a mobilização da opinião pública pode ter sido fator determinante para a derrota do autoritarismo. O filósofo ressaltou o interesse mundial em compreender como o Brasil conseguiu vencer essa batalha e expressou o apoio e admiração da comunidade internacional pelo país.
Ao ser questionado sobre o contraste entre a postura das instituições brasileiras e a situação nos Estados Unidos durante o governo Trump, Stanley enfatizou a corrupção no país americano e a manipulação do dinheiro na política. Ele ressaltou a tendência dos americanos em idealizar a democracia, enquanto os brasileiros mantêm um olhar mais realista sobre a questão. Stanley também abordou as diferenças na condução política dos dois países.
O filósofo discorreu sobre a máquina de poder que sustenta líderes como Trump e Bolsonaro, salientando a variedade de grupos e interesses envolvidos. Ele alertou para as diferentes agendas desses grupos e sua influência na política, destacando a importância de compreender as motivações por trás dos líderes. Stanley levantou questionamentos sobre o futuro político nos EUA e no Brasil, citando possíveis sucessores e forças que se opõem a determinados objetivos políticos.
Diante da ameaça do autoritarismo e da ascensão de lideranças controversas, Jason Stanley destacou a relevância do debate sobre a liberdade, democracia e o papel das instituições na proteção dos direitos fundamentais. Ele incentivou uma reflexão crítica sobre os desafios políticos atuais e a importância do engajamento cívico no enfrentamento do fascismo e outras formas de opressão.

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