A conta do desmonte do Ipasgo Saúde chegou: quase R$ 500 milhões para consertar o que foi quebrado durante os governos do ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Entre 2011 e 2018, o instituto – responsável pela saúde dos servidores públicos – foi alvo de operações policiais que apuraram um esquema de desvios de R$ 600 milhões. As investigações revelaram um grupo dentro do próprio Ipasgo que fraudava o sistema de credenciamento, incluindo clínicas e laboratórios fantasmas que recebiam dinheiro sem prestar serviço. Em um caso, um único beneficiário teria feito, de forma fictícia, cerca de 200 exames de sangue. Enquanto o esquema desviava recursos, os servidores enfrentavam a descredenciamento em massa de médicos por falta de pagamento e serviços deteriorados. Ao assumir em 2019, o governador Ronaldo Caiado (UB) encontrou o instituto em colapso e precisou injetar R$ 480 milhões para recuperar o equilíbrio financeiro e a assistência. O caso do Ipasgo é a prova mais concreta do custo do “Tempo Novo” de Marconi: uma conta bilionária e a saúde dos servidores usada como moeda de esquema criminoso.