Um voo da JetBlue, que seguia para Nova York, precisou realizar uma manobra de emergência na última sexta-feira (12) para evitar uma colisão em pleno ar com um jato da Força Aérea dos Estados Unidos próximo à Venezuela. A tripulação detectou que a aeronave militar estava sem o transponder ligado, o que a deixava fora dos radares de controle aéreo. O voo 1112 tinha acabado de decolar de Curaçao e estava voando a cerca de 64 km da costa venezuelana quando a tripulação relatou a presença da aeronave militar, conforme áudio divulgado pelo site LiveATC.
O transponder é o equipamento responsável por identificar a aeronave no radar e informar sua posição e altitude ao controle aéreo. Quando desligado, há um grande risco de colisões entre aeronaves. O piloto da JetBlue expressou sua preocupação ao relatar que o jato militar estava muito próximo e na mesma altitude, afirmando: “Eles passaram direto na nossa rota… Estão sem o transponder ligado. É absurdo.” Em seguida, o piloto destacou que o jato da Força Aérea entrou no espaço aéreo venezuelano logo após o incidente, mencionando que quase ocorreu uma colisão em pleno ar.
A companhia aérea JetBlue ressaltou que a segurança é sua principal prioridade e que a tripulação está treinada para lidar com diferentes situações de voo. A empresa informou ter comunicado imediatamente o caso às autoridades federais e se comprometeu a colaborar com qualquer investigação. Em um momento de crescente tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela, com a presença militar americana se intensificando na região, o Comando Sul dos EUA afirmou estar ciente do incidente e conduzindo uma análise detalhada do ocorrido. Além disso, a FAA havia emitido um alerta às companhias aéreas sobre os riscos de voar sobre a Venezuela no mês passado, aconselhando cautela.
Várias empresas suspenderam rotas na região devido ao aumento da tensão e às ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, contra alvos venezuelanos. Até o momento, a Agência de Aviação Civil dos EUA não se pronunciou sobre o incidente envolvendo o voo da JetBlue. A situação continua sendo acompanhada de perto pelas autoridades, enquanto a segurança aérea permanece em foco em meio à escalada das tensões entre os dois países.




