Alysson Lima: “Acho que não vai dar em nada”, sobre Cei do transporte coletivo

O vereador Alysson Lima (PRB) decidiu renunciar à sua vaga no colegiado, depois da polêmica envolvendo a eleição do vereador Anselmo Pereira (PSDB) para a relatoria da Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Transporte Coletivo.

Segundo ele, se houve irregularidade já no início dos trabalhos, com uma eleição que, para o vereador, não foi legítima, a CEI fica sob suspeita. “A eleição do Clécio foi legal, mas a do Anselmo não, então há vício. Eu não quero ficar em uma comissão em que eu não acredito”, pontuou ele.

A eleição a que Alysson se refere, foi a eleição para decidir o presidente da comissão. No dia da eleição, até o início da votação, Anselmo nem sequer era candidato. Quando ela começou, no entanto, ele resolveu concorrer, o que, aponta, não poderia ter ocorrido. Em seguida, Clécio se absteve de votar para relator e, desse modo, Novandir foi eleito relator da CEI.

Porém, Clécio teria conversado com Anselmo, que o informou quem venceria caso ele não votasse. O presidente da CEI voltou atrás na decisão de se abster e, então, optou por Anselmo.

O vereador acredita que o projeto não resultará em nada para a população. “Posso estar errado e não tenho problema nenhum em voltar atrás, mas tenho dúvidas em relação a essa CEI, acho que não vai dar em nada”, lamentou.

Alysson disse que para “não gerar mal estar e desconforto” vai continuar trabalhando como repórter investigativo e no comissão do BRT.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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