O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, optou por declarar a perda do mandato do deputado federal Alexandre Ramagem através da Mesa Diretora, a fim de evitar uma nova crise institucional com o Supremo Tribunal Federal. A estratégia foi adotada após Ramagem ser condenado pelo STF por tentativa de golpe de Estado. A decisão de Motta veio após Ramagem criticar a Câmara, chamando o presidente da Casa de ‘covarde’ e ‘marionete’ do STF.
A cassação foi baseada no argumento das ausências, similar ao caso de Eduardo Bolsonaro. A diferença é que Ramagem permanece inelegível devido à condenação no STF, enquanto Eduardo Bolsonaro segue elegível. A estratégia foi calculada para evitar repetir o caso de Carla Zambelli, onde a decisão no plenário sobre a perda de mandato não foi confirmada, resultando em crise com o STF. Motta optou pela via administrativa da Mesa Diretora para evitar confrontos.
O analista Teo Cury destacou a importância da estratégia de Motta para evitar desgastes institucionais e confrontos com o STF. A ação foi tomada considerando a condenação de Ramagem no Supremo por tentativa de golpe. Ao utilizar o argumento das faltas parlamentares, Motta evitou um novo embate como o ocorrido com o caso de Zambelli. O ministro Alexandre de Moraes afirmou que a decisão da Câmara naquele caso violou a Constituição.
É fundamental ressaltar as diferenças entre os casos de Ramagem e Eduardo Bolsonaro, ambos cassados pela Mesa Diretora por ausências. Ramagem segue inelegível devido à condenação no STF, enquanto Eduardo Bolsonaro permanece elegível. A estratégia adotada por Motta foi planejada para manter a estabilidade institucional, evitando confrontos com o Supremo e garantindo a continuidade do processo legislativo.




