Cúpula do Mercosul: divergências entre Lula e Milei sobre pressão dos EUA na Venezuela’situação na Venezuela se destaca durante encontro em Foz do Iguaçu’

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Durante a cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu (PR), neste sábado (20), os presidentes Lula e Milei mostraram divergências em relação à pressão exercida pelos Estados Unidos sobre a Venezuela. Enquanto Lula alertou que uma intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária e representaria um perigo para a região, Milei defendeu a atuação de Trump para “libertar” a população venezuelana. A presença militar de potências extrarregionais na América do Sul foi destacada por Lula como algo preocupante, reafirmando seu posicionamento contrário a uma intervenção armada.

A atuação de Trump e as ações de cerco ao governo de Nicolás Maduro foram ressaltadas por Milei, que enfatizou a crise política, humanitária e social na Venezuela. O presidente argentino endossou a pressão dos Estados Unidos e chamou Maduro de “narcoterrorista”, expressando apoio ao envio militar norte-americano. Enquanto Trump intensifica suas ações na região, a Venezuela é alvo de bloqueios econômicos e militares, alegados pelo governo americano como medidas de combate ao narcotráfico e para garantir a segurança regional.

Durante o encontro, líderes de diferentes correntes ideológicas estiveram presentes, incluindo Lula e Orsi representando a esquerda e Milei pela direita. A cúpula do Mercosul foi marcada pela variedade de posicionamentos políticos e pela discussão em torno da situação na Venezuela. Lula busca diálogo com Trump para evitar uma possível guerra na região, defendendo que as questões sejam resolvidas por meio da diplomacia e não da violência.

Em recentes conversas, Lula reiterou sua preocupação com a situação na Venezuela e afirmou que é mais vantajoso e menos doloroso optar pelo diálogo do que pela guerra. O ex-presidente brasileiro pretende se comunicar com Trump novamente antes do Natal, visando contribuir para um acordo diplomático em busca de paz na América Latina. Enquanto isso, a pressão internacional sobre a Venezuela continua, com sanções impostas pelos Estados Unidos e um cerco cada vez mais evidente ao país sul-americano.

Diante das tensões na região, a postura adotada pelos líderes do Mercosul reflete a complexidade do cenário geopolítico atual. Enquanto Lula alerta para os riscos de uma intervenção militar na Venezuela, Milei defende a pressão externa como uma forma de combater a crise no país. O diálogo entre as partes envolvidas, incluindo os presidentes e o governo dos Estados Unidos, se torna crucial para encontrar soluções pacíficas e garantir a estabilidade na América Latina. A situação na Venezuela continua sendo um ponto de tensão e debate político na região.

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