Milei elogia ações de Trump no Mercosul e Lula alerta para catástrofe em intervenção na Venezuela

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Durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul em Foz do Iguaçu, Javier Milei elogiou a pressão exercida pelos Estados Unidos sobre o governo de Nicolás Maduro. Logo após, Luiz Inácio Lula da Silva alertou para os riscos de uma intervenção armada na Venezuela. Milei defendeu as ações de Trump e pediu que o bloco condene o regime venezuelano. A cúpula destacou o final da presidência pro tempore do Brasil e a passagem para o Paraguai, discutindo temas como a crise na Venezuela e a presença militar dos EUA no Caribe.

Lula convidou os líderes a contemplarem o cenário natural no mirante das Cataratas do Iguaçu, enquanto Milei permanecia imóvel durante a foto oficial. O argentino classificou o governo de Maduro como ditadura e elogiou a pressão dos EUA, lembrando a suspensão da Venezuela do Mercosul em 2016. Em contrapartida, Lula enfatizou a necessidade de evitar uma catástrofe humanitária com uma intervenção armada e defendeu soluções diplomáticas para a crise.

A Venezuela permanece suspensa do Mercosul desde 2016 e os EUA intensificaram operações na região do Caribe, ameaçando ações contra Maduro. Durante a plenária da cúpula, Milei elogiou a estratégia de Trump, pedindo apoio ao bloqueio ao regime venezuelano. Enquanto isso, Lula destacou a importância do diálogo para evitar escaladas militares, buscando soluções pacíficas e impedindo uma declaração conjunta sobre o tema.

Outros líderes como Yamandú Orsi defendem a restauração democrática na Venezuela, enquanto o Mercosul enfrenta desafios internos com divergências ideológicas. A frustração com o adiamento do acordo comercial com a União Europeia marcou a cúpula, com planos para aguardar posicionamento até janeiro de 2026. Lula criticou a falta de avanço e defendeu negociações com outros parceiros.

A foto oficial no mirante das Cataratas do Iguaçu foi seguida por gestos protocolares entre os líderes. A passagem da presidência para o Paraguai encerrou a cúpula, que definiu a criação de comissão permanente para combater o crime organizado e o tráfico de pessoas na região. Os líderes reforçaram a preocupação com a segurança regional e buscaram fortalecer a cooperação nesses temas no bloco.

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