As ladeiras do Sítio Histórico de Olinda estão passando por um processo preocupante de inclinação mais acentuada, o que aumenta o risco de desabamentos e ameaça o Patrimônio da Humanidade, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da UPE. A degradação, causada pela ação humana, tem contribuído para o agravamento da situação das encostas em uma das áreas urbanas mais antigas do Brasil.
O relatório elaborado pelos especialistas da UPE, em parceria com o Iphan e a UFPE, alerta para a possibilidade de perda de parte dos “tesouros” arquitetônicos do Sítio Histórico, que foi reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade em 1982. O crescimento da declividade dos morros e a instabilidade do solo têm tornado as ruas mais íngremes, o que é um fenômeno preocupante e que requer atenção.
A situação do Sítio Histórico de Olinda tem sido acompanhada de perto nos últimos anos, com evidências claras de que a região enfrenta desafios significativos em relação à conservação de seu patrimônio arquitetônico. O aumento na inclinação das encostas em áreas como o Alto da Sé, Seminário de Olinda, Ladeira da Misericórdia e Bica dos Quatro Cantos é um sinal alarmante da degradação em curso.
A falta de manutenção adequada das estruturas históricas, aliada às intervenções urbanísticas inadequadas, tem contribuído para a deterioração do solo e para a ocorrência de problemas como deslizamentos e fissuras em diversos imóveis. A preservação do Sítio Histórico de Olinda requer ações precisas e eficazes para conter a degradação e garantir a segurança das edificações e de quem circula pela região.
O professor Alexandre Gusmão, responsável pelo estudo, ressalta a importância de um mapeamento detalhado das áreas afetadas e a elaboração de projetos de estabilização e recuperação que considerem as características específicas do local. O cuidado com a vegetação, a drenagem do solo e a análise dos impactos da ocupação humana ao longo do tempo são fatores essenciais para a preservação do patrimônio histórico de Olinda.
É fundamental que as autoridades locais estejam atentas à gravidade da situação e ajam de forma proativa para evitar danos irreparáveis à herança cultural e arquitetônica do Sítio Histórico. A conscientização sobre os riscos e a implementação de medidas preventivas são essenciais para proteger não apenas as edificações históricas, mas também a segurança e o bem-estar da população que vive e visita essa região tão emblemática de Olinda.




