Facções em guerra pelo controle de portos no Ceará para tráfico de drogas

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Facções disputam controle de portos no Ceará mirando o tráfico internacional de drogas

DE tem sido palco de uma intensa disputa entre facções criminosas pelo controle dos portos visando o tráfico internacional de drogas. O Comando Vermelho, facção carioca, tem buscado dominar não apenas os bairros no entorno do Porto do Pecém, o maior do estado, mas também os arredores do Porto do Mucuripe, o segundo mais importante no Ceará. De acordo com um relatório da Polícia Civil local, essa guerra entre o CV e a Guardiões do Estado (GDE), facção cearense, tem provocado conflitos armados e rivalidades que se intensificaram nos últimos meses.

A posição geográfica estratégica dos portos cearenses em relação à Europa e aos Estados Unidos torna o estado um ponto crucial para o tráfico internacional de entorpecentes. O Primeiro Comando da Capital (PCC) já fazia uso desse posicionamento para suas operações ilícitas, muitas vezes em parceria com grupos mafiosos da Sérvia. As investigações da Polícia Federal revelaram esquemas complexos de tráfico de drogas, como o caso de uma quadrilha nacional desmantelada após uma grande apreensão no Porto do Pecém em 2019.

O conflito entre as facções pelo controle dos territórios no entorno dos portos demonstra a importância estratégica dessas áreas para as operações criminosas. Os confrontos, que incluem disputas territoriais e disputas por rotas de tráfico, têm impactado a segurança e a rotina dos moradores locais. A tentativa de controle dos criminosos não se limita apenas ao tráfico de drogas, mas também se estende a outros negócios ilícitos, como internet, jogo do bicho e até mesmo a venda de água de coco em pontos turísticos.

A atuação das facções, como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital, tem se diversificado para além do tráfico de drogas, buscando ampliar suas fontes de renda e o controle sobre os territórios dominados. Essa estratégia de “diversificação” dos negócios criminosos tem sido observada também em outras regiões do país, inspirada no modelo das milícias do Rio de Janeiro. A busca pelo monopólio dos territórios e a exploração de diferentes atividades ilegais têm sido uma forma de aumentar os lucros e o poder das facções.

A ação das facções criminosas nos portos do Ceará revela um cenário complexo e desafiador para as autoridades de segurança pública. A disputa pelo controle dos territórios, as operações de tráfico internacional e a diversificação dos negócios ilegais colocam em evidência a necessidade de medidas efetivas de combate ao crime organizado. Enquanto as facções continuam a rivalizar pelo domínio dos portos, a população local enfrenta os impactos desse conflito em sua rotina e segurança.

A atuação das facções criminosas nos portos do Ceará reflete a complexidade e a gravidade do cenário do tráfico de drogas e do crime organizado no estado. A busca pelo controle dos territórios e das rotas de tráfico internacional tem gerado confrontos violentos e impactado a segurança e a qualidade de vida da população local. Nesse contexto, é fundamental que as autoridades atuem de forma coordenada e eficaz para enfrentar esse desafio e garantir a paz e a ordem nos portos e em toda a região afetada pela disputa entre as facções criminosas.

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