O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou, no último sábado (20), sua preocupação em relação a uma possível intervenção armada na Venezuela, alertando para as graves consequências que tal ação poderia acarretar. Lula destacou que uma intervenção armada teria um impacto devastador, resultando em uma catástrofe humanitária de proporções alarmantes. Ele ressaltou que as ameaças à soberania dos países têm se manifestado através de diferentes formas, como guerras, forças antidemocráticas e ação do crime organizado.
A tensão entre a Venezuela e os Estados Unidos tem aumentado, levantando o receio de um conflito armado iminente. Lula enfatizou a preocupação com a presença militar de uma potência extrarregional na América do Sul, apontando que isso representaria um desrespeito aos limites estabelecidos pelo direito internacional. Segundo o ex-presidente, uma possível intervenção armada na Venezuela não afetaria apenas a região, mas teria repercussões globais, estabelecendo um precedente perigoso para outras nações.
Durante seu discurso na abertura da 67ª Reunião de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, realizada em Foz do Iguaçu (PR), Lula defendeu que o fortalecimento da integração não significa abrir mão da soberania nacional. Ele argumentou que as verdadeiras ameaças à soberania atualmente estão relacionadas, principalmente, à ocorrência de guerras, à presença de forças antidemocráticas e à atuação do crime organizado. O ex-presidente destacou a importância do diálogo como meio de prevenir conflitos entre os países e manifestou que tem mantido conversas tanto com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quanto com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, buscando promover acordos que evitem um confronto armado entre as nações.




