O caso do homem que perseguia a atriz Isis Valverde e foi preso em flagrante dentro do condomínio onde ela mora no Rio de Janeiro ganhou destaque na mídia recentemente. Segundo a Polícia Civil, Cristiano Rodrigues Kellermann havia tentado se aproximar da atriz em pelo menos outras duas ocasiões, conseguindo burlar o esquema de segurança do local. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva pela Justiça, e ele permanece detido à espera de julgamento.
De acordo com o delegado William Pena Junior, que liderou a investigação, Cristiano conhecia detalhes da rotina da atriz e chegou a contratar um detetive particular para obter informações pessoais sigilosas, como o endereço da residência dela. Em uma das tentativas de aproximação, o homem se apresentou como primo de Isis Valverde e chegou até a porta da casa, sendo recebido por funcionários. Em outra ocasião, ele retornou ao condomínio com um presente, antes de ser contido e preso na terceira investida.
Durante o depoimento à polícia, Cristiano afirmou que perseguia a atriz há cerca de 20 anos e que se passou por parente para poder se aproximar dela. No momento da prisão, ele demonstrou comportamento agressivo e intimidatório, insistindo em falar com a vítima. A defesa solicitou uma avaliação psiquiátrica urgente, que foi autorizada pela Justiça. Por sua vez, Isis Valverde se manifestou por meio de nota, agradecendo a atuação das autoridades e ressaltando que a segurança da família é a sua principal preocupação.
Além do caso envolvendo a atriz Isis Valverde, a reportagem do Fantástico chamou a atenção para a gravidade do crime de stalking, que atinge tanto pessoas comuns quanto figuras públicas. O ator Marcos Pitombo também revelou ter sido vítima de perseguição por cerca de um ano, relatando a mudança em sua rotina e hábitos devido ao medo constante. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam um aumento de 18% nos casos de stalking em 2024, totalizando mais de 95 mil ocorrências, com a ressalva de que muitas vítimas não denunciam, o que pode elevar ainda mais os números.
A promotora Mariah Soares da Paixão enfatizou a importância de denunciar o comportamento obsessivo e insistente de pessoas que praticam o stalking, destacando que qualquer atitude que limite as atividades de alguém por medo é considerada crime. Diante desse cenário, é fundamental que as vítimas busquem ajuda e acionem as autoridades competentes para garantir a sua segurança e a de seus familiares. A conscientização sobre o stalking e a implementação de políticas e medidas de proteção são essenciais para coibir esse tipo de violência e garantir a integridade das pessoas em nossa sociedade.




