Paralisação de ônibus no Rio de Janeiro mantida devido a atraso de salários

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A paralisação dos rodoviários no Rio de Janeiro foi mantida nesta segunda-feira (22) e segue sem previsão de término, afetando a circulação de ônibus em diferentes regiões da cidade. Trabalhadores das viações Vila Isabel e Real cobram salários atrasados, o que resultou na paralisação que afeta vias da Zona Sul, Norte, Sudoeste e do Centro. O Sindicato cobra o pagamento de salários e benefícios atrasados.

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José, confirmou que os motoristas da Viação Real Auto Ônibus e Vila Isabel continuam parados e só devem retomar as atividades após o pagamento de salários e benefícios atrasados. O sindicato buscou mediação direta com as empresas, sem sucesso, e até mesmo o Ministério Público do Trabalho foi acionado. Com tantas irregularidades, a perspectiva dos trabalhadores para o retorno das atividades é incerta.

Rodoviários, motoristas, mecânicos e funcionários administrativos das viações Real Auto Ônibus e Transportes Vila Isabel aderiram à paralisação que começou na madrugada do dia 22. Cerca de 1,3 mil trabalhadores estão envolvidos, impactando diretamente 24 linhas que atendem bairros das zonas Sul, Norte, Sudoeste e a região central da capital. Diversas linhas estão fora de circulação ou operam parcialmente, causando transtornos para os passageiros.

A Prefeitura do Rio informou que os repasses de subsídios municipais aos consórcios estão em dia e que o impasse entre as empresas e seus funcionários não envolve o governo municipal. As reivindicações dos rodoviários incluem atrasos nos pagamentos de salários, férias e benefícios, falta de depósito do FGTS, entre outros problemas que se arrastam há meses.

Para minimizar os impactos aos passageiros, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) orienta o uso de metrô, VLT e BRT como alternativas de deslocamento. Linhas municipais que atendem trajetos semelhantes aos das linhas paralisadas tiveram reforço na operação para atender a demanda dos passageiros afetados. Essa é a segunda paralisação dos rodoviários em três meses na cidade.

Sebastião José relatou descontos em contracheques para pensões e empréstimos que não estão sendo repassados aos bancos. A situação dos trabalhadores é delicada, com relatos de cancelamento de benefícios sem aviso prévio e condições precárias de trabalho. Até o momento, não há previsão de nova rodada de negociação nem de retomada total da circulação dos ônibus na cidade do Rio de Janeiro.

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