Disputa sobre aeroportos no Rio: Entenda o cenário

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A disputa em torno dos aeroportos do Rio de Janeiro ganhou destaque nos últimos dias, com a Prefeitura questionando a decisão da ANAC de aumentar o movimento de voos e passageiros no Santos Dumont. As federações das indústrias e do comércio alertam que essa medida pode ser prejudicial à recuperação do Galeão e à economia do estado fluminense.

O prefeito Eduardo Paes levantou preocupações sobre supostas influências externas na decisão da ANAC, buscando alterar a política de restrições de voos no Santos Dumont. Segundo ele, a mudança poderia afetar o equilíbrio conquistado após o acordo no TCU, que favoreceu a retomada do Galeão.

O aumento do número de passageiros no Santos Dumont, controlado pela Infraero e focado em voos domésticos, foi um ponto sensível até a implementação da política de reequilíbrio em 2023. Com o apoio da prefeitura e do governo estadual, a restrição de passageiros no aeroporto deu resultado: o Galeão, administrado por uma concessionária, viu seus números de voos e passageiros crescerem significativamente.

Após a política de reequilíbrio, os aeroportos do Rio experimentaram um aumento expressivo no fluxo de passageiros domésticos e internacionais, impulsionando também o turismo na região. A discussão sobre a possível flexibilização das restrições atuais no Santos Dumont tem gerado debate entre autoridades e entidades ligadas ao setor econômico.

A Fecomércio RJ aponta que a medida pode desestabilizar o sistema aeroportuário da cidade, prejudicando o Galeão e impactando diversos setores, como turismo, serviços e comércio. A expectativa é que o acordo assinado em 2025 oriente a relicitação do Galeão em 2026, mantendo a restrição de voos no Santos Dumont como parte fundamental para a economia local.

A Gol Linhas Aéreas defende o modelo atual de operação nos aeroportos cariocas, ressaltando que o equilíbrio entre Santos Dumont e Galeão é essencial para manter o Rio como um hub aéreo relevante. Além disso, especialistas destacam que a coordenação entre ambos os aeroportos tem impacto positivo na economia do Rio de Janeiro, impulsionando o fluxo de passageiros e cargas.

Diante das polêmicas, a ANAC reforçou sua transparência nas decisões e afirmou que a flexibilização no Santos Dumont está alinhada ao acordo de repactuação do contrato de concessão do Galeão. O debate sobre o futuro dos aeroportos no Rio continua em pauta, com diferentes atores buscando conciliar interesses e garantir o desenvolvimento econômico e turístico da região.

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