Após a saída de Sabino, Lula empossa o indicado do DE no Ministério do Turismo nesta terça. Gustavo Feliciano assume o lugar de Celso Sabino, expulso do DE após contrariar uma ordem e permanecer no cargo. Feliciano é aliado do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dará posse nesta terça-feira (23) a Gustavo Feliciano, indicado pelo DE para assumir o Ministério do Turismo após o partido pedir o cargo que era ocupado por Celso Sabino, em uma cerimônia no Palácio do Planalto.
Sabino foi expulso do DE depois de permanecer na chefia da pasta mesmo diante do ultimato do DE para deixar o governo. A legenda havia anunciado rompimento com o Palácio do Planalto e pedido para que seus ministros deixassem o governo, porém Sabino contrariou a orientação.
Apesar da determinação, o DE passou a reivindicar a cadeira de ministro, o que abriu espaço para uma reaproximação entre o governo e o partido. A escolha de Feliciano envolveu a bancada governista do DE na Câmara, que entendeu que os deputados mereciam manter um representante na Esplanada.
Feliciano está sem partido, mas já foi filiado ao DE na Paraíba e é filho do deputado Damião Feliciano (DE-PB). Ele já foi secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico do estado da Paraíba entre 2019 e 2021, sendo aliado do presidente da Câmara, Hugo Motta, que se reaproximou do Planalto depois de atritos com Lula a respeito do Projeto de Lei Antifacção, que tramita no Congresso.
O DE, que indicou Sabino, pediu o cargo após ministro ser expulso do partido – mesmo tendo anunciado em setembro a saída definitiva da base do governo Lula, decisão que causou a expulsão de Sabino do partido após o então ministro não deixar o cargo. Em setembro, o DE aprovou uma resolução exigindo que filiados ao partido deixassem cargos ocupados no governo de Lula.
A exigência para que os filiados deixassem a gestão Lula foi aprovada após a veiculação de reportagens que apontam uma suposta conexão entre o presidente nacional do partido, Antonio de Rueda, e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Rueda nega. Após a fala de Lula, Antonio Rueda soltou uma nota rebatendo o presidente, afirmando que a independência do partido é fundamental.




