Da apresentação ao muro pichado: Gabigol no Cruzeiro, permanência em dúvida

da-apresentacao-ao-muro-pichado3A-gabigol-no-cruzeiro2C-permanencia-em-duvida

Sonho de dono do Cruzeiro, Gabigol vai da apresentação em padrão europeu à permanência em dúvida

Atacante chegou com status de principal contratação de 2025, mas finaliza ano com pênalti perdido em eliminação para o Corinthians

Gabigol garante que se apresenta ao técnico Tite no próximo dia 2

Da apresentação com 40 mil torcedores no Mineirão ao muro pichado na Toquinha. Em 11 meses, a trajetória de Gabigol no Cruzeiro foi do céu ao inferno, com o pênalti perdido na eliminação para o Corinthians, na semifinal da Copa do Brasil. A permanência para 2026 está cada dia mais distante.

Corinthians 1 (3) x (4) 2 Cruzeiro – Gabigol desperdiça a quinta cobrança do Cruzeiro

“Seria sonho ter o Gabigol”. Essa foi a primeira declaração de Pedro Lourenço sobre a possibilidade de o jogador defender o Cruzeiro, em maio do ano passado. As conversas ainda eram embrionárias, e a possibilidade parecia distante.

Seis meses depois, a possibilidade virou realidade, com assinatura de pré-contrato, em novembro. Nos primeiros minutos de 1º de janeiro de 2025, o anúncio oficial, com grande marketing e a expectativa de que Gabriel fosse no Cruzeiro o que foi no Flamengo: o rosto de um projeto vencedor.

A apresentação dele, no dia 4 de janeiro, marcou a abertura da temporada para o Cruzeiro. Mais de 40 mil pessoas foram ao Gigante da Pampulha para recepcionar um dos ícones do futebol brasileiro nos últimos cinco anos. A expectativa estava posta.

Como esperado, Gabigol começou o ano como titular absoluto, após ficar fora das rodadas iniciais do Mineiro por um trabalho físico. Atuou nos dois amistosos do Torneio da Flórida, na pré-temporada, antes disso.

No segundo jogo oficial como titular, marcou os primeiros gols. Brigou pela artilharia do Estadual, mas teve a trajetória marcada por uma expulsão infantil ainda no primeiro tempo da derrota para o Atlético-MG.

Chegou o Campeonato Brasileiro, já sob comando de Leonardo Jardim. A estreia foi com gol, mas o time não engrenava, e a mudança radical feita pelo treinador passou pela saída de Gabigol – e de outros quatro jogadores – do time titular. Era abril, e o camisa 9 nunca mais recuperou a posição.

Nos últimos oito meses da temporada, Gabigol disputou apenas 11 jogos como titular. Em todas elas, começando por ausência de Matheus Pereira ou Kaio Jorge, ou ainda quando Jardim optou por rodar o elenco. Somando também as aparições ao longo das partidas, somou, neste período, disputou 38 partidas, com seis gols e quatro assistências.

JEJUM E PROTESTO

Em determinado momento da temporada, Gabigol se mostrava boa alternativa nas condições em que era colocado por Leonardo Jardim – como nos jogos que decidiu com gols, como diante de Flamengo, Juventude e Bahia. Mas, na verdade, o fim da temporada foi ruim para o atacante.

Gabriel fechou o primeiro ano de Cruzeiro com mais de dois meses se ir às redes. O último gol foi em 5 de outubro, no empate com o Sport. Depois disso, foram 11 jogos – três como titular – sem somar também assistências.

O último capítulo de 2025 teve cinco minutos em campo. Gabriel foi acionado por Jardim aos 44 minutos na NeoQuímica Arena, claramente com intuito de cobrar uma das penalidades. E caiu nos pés dele a chance para decidir a ida do Cruzeiro à final. O camisa 9, no entanto, bateu os braços de Hugo Souza.

Na cobrança seguinte, o Cruzeiro foi eliminado com erro de Walace e gol de Breno Bidon. As críticas a Gabigol foram imediatas e refletiram em protesto em Belo Horizonte. Uma imagem do jogador no muro da Toca da Raposa 1 – CT da base – foi depredada, com o rosto dele pintado e uma frase: “Vai embora, lixogol”.

E o caminho natural, neste momento, é realmente de saída, como informou o Ge na última semana. Ainda que o Cruzeiro e o jogador não assumam, Gabriel vem tratando a possibilidade com pessoas do entorno. O atacante garantiu a reapresentação em 02 de janeiro.

Ele tem contrato até 2028 e um dos principais salários do Brasil, o que pode dificultar negociações. O sonho de maio de 2024 não se refletiu em bons resultados na realidade. Ao menos até dezembro de 2025.

Box de Notícias Centralizado

🔔 Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram e no WhatsApp