A Loterj está analisando máquinas de apostas eletrônicas no Hipódromo da Gávea para conceder a primeira licença para essa atividade no Rio de Janeiro. O Clube do Bet pretende instalar 116 Video Lottery Terminals (VLTs) em um espaço de acesso restrito a maiores de 18 anos sob as arquibancadas do hipódromo. No entanto, a legislação municipal atual proíbe essa atividade, gerando conflitos legais.
O presidente da Loterj, Hazenclever Lopes Cançado, afirmou que o Clube do Bet apresentou todos os documentos e alvarás necessários, em conformidade com o decreto do governador Cláudio Castro que regulamenta a prática de apostas eletrônicas. A expectativa é de que, em até três anos, cerca de 20 mil equipamentos sejam instalados em todo o estado, com interesses de empresas em diversas regiões, como na capital e em cidades como Niterói, Búzios, Campos, Petrópolis, e outras.
Enquanto isso, a Prefeitura do Rio mantém a proibição da atividade de videoloteria, mas o Clube do Bet argumenta que um alvará emitido eletronicamente está em vigor, possibilitando a continuidade da operação. A fiscalização será intensa, com monitoramento em tempo real dos terminais e o pagamento das apostas através de Pix para rastreamento do dinheiro. Além disso, haverá controle de acesso por biometria facial e a atividade estará sujeita a auditorias regulares.
A inspeção das máquinas do Clube do Bet foi iniciada pela Loterj, onde foram analisadas oito de um total de 116 unidades planejadas para instalação na Gávea. Até o momento, nenhuma irregularidade foi encontrada. O funcionamento das apostas ocorrerá em um horário extenso, indo do meio-dia até 6h da manhã do dia seguinte, todos os dias da semana. A concessão da licença oficial será publicada no Diário Oficial do estado para início da operação.
É importante destacar que o Clube do Bet, o primeiro a ter suas máquinas aferidas pela Loterj, possui sócios que têm parentesco com contraventores do jogo do bicho. No entanto, a análise da documentação se pauta pela questão técnica e não há impedimentos jurídicos para a participação desses parentes. O Clube do Bet afirma que nenhum dos sócios tem condenação criminal que os impeça de participar da licitação, respeitando as normas vigentes.




